Duração da amamentação

Duração da amamentação

Atualizado em 29/01/2023 às 11:11

Vários estudos, sugerem que a duração da amamentação na espécie humana seja, em média, de dois a três anos, idade em que costuma ocorrer o desmame naturalmente (KENNEDY, 2005).

O que recomenda o Ministério da Saúde?

A OMS, endossada pelo Ministério da Saúde do Brasil, recomenda aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses.

Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a introdução precoce de outros alimentos está associada a:

  • Apresenta um maior número de episódios de diarreia;
  • Maior número de hospitalizações por doença respiratória;
  • Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores ao leite materno, como, por exemplo, quando os alimentos são muito diluídos;
  • Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o zinco;
  • Eficácia menor da amamentação como método anticoncepcional;
  • Duração de tempo menor do aleitamento materno.

No segundo ano de vida, o leite materno continua sendo importante fonte de nutrientes.

Estima-se que dois copos (500 mL) de leite materno no segundo ano de vida fornecem 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia. Além disso, o leite materno continua protegendo contra doenças infecciosas.

Uma análise de estudos realizados em três continentes concluiu que quando as crianças não eram amamentadas no segundo ano de vida elas tinham uma chance quase duas vezes maior de morrer por doença infecciosa quando comparadas com crianças amamentadas (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000).

Leia o nosso artigo sobre a fisiologia da amamentação e conheça as vantagens para a mãe e para o recém-nascido.

Referência:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília, 2009.

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