A Síndrome de Quasimodo, dismorfofobia ou Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) acontece quando uma pessoa tem uma preocupação acima da média com o próprio corpo.
Trata-se de uma insatisfação que a incomoda e a impede de aceitar-se como é. Pessoas com síndrome de Quasimodo costumam começar a manifestar a doença no período da adolescência, mas ela pode ocorrer em todas as fases da vida. O transtorno incide tanto em homens quanto em mulheres.
Pacientes com a doença ainda podem ter outros problemas, como fobia social e transtornos psicóticos. Segundo a literatura médica, os casos mais graves são os relacionados a suicídios, que atingem uma média alta desses indivíduos. As tentativas de tirar a própria vida podem chegar a 28% dos casos, exigindo grande atenção por parte dos médicos.
Epidemiologia
Atualmente, estima-se que apenas cerca de 1,2% da população mundial sofra da síndrome, entretanto uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo com 350 entrevistados concluiu que 14% das pessoas que já fizeram ou pensam em fazer alguma intervenção estética sofram desse transtorno – um resultado previsível, tanto quanto temível.
Tristes e deprimidos, vestidos por sua visão deformada, se veem gordos demais, fracos demais, enrugados demais, manchados demais, assimétricos demais… quasímodos, à procura de soluções nas diferentes clínicas de estética e cosmiatria. É certo que vivemos sob a “ditadura da beleza”, e todos conhecemos pacientes perfeccionistas, que cobram detalhes de modo exagerado, porém o dismorfofóbico apresenta uma patologia psicológica, e sua insatisfação é compulsiva.
Nos casos de transtorno, operar não resolve. O paciente passa por um grande desconforto e o médico também, pois, se realizar a cirurgia, vai sofrer com a insatisfação do paciente. E a insatisfação exacerbada é um sinal de que o médico não deve operar.
Acompanhamento
O paciente pode mudar o que não gosta, mas para que a queixa não seja superdimensionada, precisa de acompanhamento psicológico. Cabe ao médico conhecer o problema e não operar casos assim.
O cirurgião plástico deve investigar a insatisfação do doente com o seu corpo, a realização de cirurgias repetidas, a expectativa de que a cirurgia plástica vá resolver um problema que não existe realmente, assim como estado depressivo ou psicótico (já existem questionários próprios para isso) e encaminhar o paciente para tratamento para a depressão e psicoterápico.
Depois, com os sintomas psiquiátricos controlados, o paciente poderá até voltar ao plástico para corrigir os problemas que realmente existem.
Porém, muitas clínicas de cirurgia plástica e de urologia podem estar se beneficiando de pessoas que procuram esses serviços sem terem deformidades, anormalidades e nem corpos diferentes ou menos estéticos. A maioria dos homens procurando ajuda para corrigir o que eles chamam de “pênis pequenos” na verdade não têm tamanho de pênis anormal, estão apenas insatisfeitos. O mesmo provavelmente ocorre com o tamanho das mamas das mulheres.
Tratamento
Ao cirurgião plástico compete tão somente o encaminhamento destes pacientes ao tratamento especializado, necessitando para isso muita habilidade no seu trato. Deve ser explicada previamente a razão da contra-indicação da cirurgia, mostrando a eles que a percepção exagerada de deformidades necessita ser corrigida por meio de psicoterapia, para que se possam obter melhores resultados de uma cirurgia plástica. Do mesmo modo, expectativas irreais e exageradas devem ser cuidadosamente desfeitas, pois são elas as maiores causadoras do insucesso geral das cirurgias plásticas.
Existirão casos em que, após cuidadosa avaliação psiquiátrica, este profissional poderá solicitar ao cirurgião plástico a correção de deformidades reais e passíveis de tratamento cirúrgico, como complementação do tratamento psiquiátrico.
A associação dos dois tratamentos, quando bem conduzida, pode proporcionar resultados bastante gratificantes. Mas nunca pensar que a cirurgia plástica, isoladamente, poderá trazer benefícios para esses pacientes, pois tal não acontecerá.
O tratamento psicoterápico geralmente é realizado por meio de terapia cognitiva-comportamental, associada à medicação com inibidores da recaptação da serotonina.
Tratamento em saúde mental
A maioria das pessoas que enfrentam alguma doença mental, geralmente se escondem ou sofrem algum tipo de preconceito por conta da doença e isso deve ser bem trabalhado. Algumas vezes, por conta da doença, a pessoa tem preconceito até mesmo consigo mesmo e acaba dificultando o seu próprio tratamento.
Os medicamentos podem desempenhar um papel no tratamento de vários distúrbios e condições mentais. A escolha do plano de tratamento correto deve basear-se nas necessidades individuais e na situação médica de uma pessoa e sob os cuidados de um profissional de saúde mental.
Cuidados de enfermagem Síndrome de Quasimodo
A Síndrome de Quasimodo, também conhecida como cifose dorsal congênita ou síndrome de Klippel-Feil, é uma condição rara caracterizada por uma fusão anormal das vértebras cervicais e torácicas, resultando em uma curvatura acentuada da coluna vertebral. Alguns cuidados de enfermagem que podem ser tomados com pacientes com essa síndrome pelos enfermeiros incluem:
- Avaliação cuidadosa: a enfermagem deve realizar uma avaliação completa do paciente para identificar a gravidade da curvatura da coluna vertebral e outras comorbidades que possam afetar sua saúde.
- Monitorização frequente: o paciente deve ser monitorado com frequência para identificar mudanças em sua condição e garantir que ele esteja recebendo os cuidados apropriados.
- Prevenção de complicações respiratórias: a curvatura acentuada da coluna vertebral pode levar a problemas respiratórios, como insuficiência respiratória, pneumonia e atelectasia. A enfermagem deve monitorar a função respiratória do paciente, realizar exercícios respiratórios, incentivar a mobilização e posicionar o paciente adequadamente para prevenir essas complicações.
- Prevenção de lessão por pressão: a enfermagem deve monitorar a pele do paciente para prevenir úlceras de pressão, uma vez que pacientes com Síndrome de Quasimodo podem ter uma mobilidade limitada.
- Promoção da mobilidade: a enfermagem deve incentivar a mobilidade do paciente e realizar exercícios de alongamento para prevenir rigidez muscular e agravamento da curvatura da coluna vertebral.
- Administração de medicamentos: a enfermagem deve administrar medicamentos prescritos para controlar a dor, se necessário.
- Suporte emocional: a enfermagem deve oferecer suporte emocional ao paciente e sua família, uma vez que a Síndrome de Quasimodo pode afetar a autoestima e a imagem corporal do paciente.
- Educação do paciente e família: a enfermagem deve educar o paciente e sua família sobre a Síndrome de Quasimodo, seus sintomas, tratamentos disponíveis, e cuidados a serem tomados em casa.
- Comunicação efetiva: a enfermagem deve se comunicar efetivamente com a equipe multidisciplinar e com a família do paciente para garantir que todos estejam cientes da condição do paciente e dos planos de cuidados.
A Síndrome de Quasimodo, faz parte de uma relação de Síndromes Genéticas que foram descobertas ao longo dos anos.
Parabens a equipe souenfermagem ,estou acompanhando seus temas e sinto maravilhada a cada tema lido. obrigada.
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