Avaliação inicial do paciente pediátrico ferido: Triagem e estabilização

Avaliação inicial do paciente pediátrico ferido: Triagem e estabilização

A triagem e a estabilização são etapas cruciais na avaliação inicial do paciente pediátrico ferido, especialmente em situações de emergência ou desastres em que os recursos podem ser limitados e várias vítimas precisam ser atendidas.

Nesta seção, abordaremos os princípios básicos da triagem e estabilização em pacientes pediátricos feridos.

Triagem:

  1. Sistemas de triagem: Utilize um sistema de triagem padronizado e adaptado para crianças, como o JumpSTART Pediatric Mass Casualty Incident Triage System ou o Pediatric Triage Tape, para classificar rapidamente os pacientes de acordo com a gravidade dos ferimentos e a necessidade de tratamento.
  2. Priorização: Ao triar os pacientes, priorize aqueles que necessitam de intervenções imediatas e potencialmente salva-vidas, como manutenção das vias aéreas, controle do sangramento ou tratamento do choque.
  3. Reavaliação: A triagem é um processo dinâmico que deve ser reavaliado regularmente, já que a condição do paciente pode mudar ao longo do tempo.

Estabilização:

  1. Vias aéreas e respiração: Estabilize as vias aéreas usando manobras e dispositivos apropriados, forneça oxigênio suplementar conforme necessário e trate quaisquer problemas respiratórios identificados durante a avaliação ABCDE.
  2. Circulação: Controle o sangramento ativamente e inicie a reposição volêmica conforme necessário para manter a perfusão adequada e tratar o choque.
  3. Déficit neurológico: Trate a dor e administre medicação sedativa ou ansiolítica conforme necessário para manter o paciente calmo e confortável. Monitore e trate quaisquer alterações no nível de consciência ou nas condições neurológicas.
  4. Monitoramento e suporte: Estabilize o paciente monitorando constantemente os sinais vitais, a oxigenação e a perfusão periférica. Forneça suporte cardíaco e ventilatório conforme necessário, bem como intervenções adicionais, como imobilização de fraturas ou aplicação de curativos.
  5. Transferência e comunicação: Prepare o paciente para a transferência apropriada a um centro especializado, caso necessário, e comunique-se efetivamente com a equipe de transporte e o centro receptor para garantir uma transição suave dos cuidados.

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