Angina Pectoris

A angina, também denominada angina pectoris, é uma dor torácica transitória ou uma sensação de pressão que ocorre quando o miocárdio não recebe oxigênio suficiente. 

As necessidades de oxigênio do coração são determinadas pelo grau de intensidade de seu esforço, isto é, pela rapidez e pela intensidade dos batimentos cardíacos.

O esforço físico e as emoções aumentam o trabalho cardíaco e, conseqüentemente, aumentam a de-manda de oxigênio do coração. Quando as artérias apresentam estreitamento ou obstrução de modo que o fluxo sangüíneo ao músculo não pode ser aumentado para suprir a maior demanda de oxigênio, pode ocorrer uma isquemia, acarretando dor.

Causas

Doença arterial coronariana – aterosclerose (estreitamento da luz do vaso coronariano), arterite coronariana, espasmo arterial.

Distúrbios circulatórios – estenose aórtica, hipotensão (diminui retorno de sangue ao coração), es-pasmo arterial.

Distúrbios sanguíneos: anemia, hipoxemia e policitemia.

Fatores de risco

Esforço físico, ingestão de alimentos aumentada.

Emoções

Exposição a baixas temperaturas

Sintomas:

A isquemia do miocárdio provoca ataques de DOR de gravidade variável, desde a sensação de pressão subesternal, até a dor agonizante com sensação de morte iminente. Tem as seguintes características:

sensação: aperto, queimação, esmagamento, enforcamento, “gases”, etc.

ntensidade: geralmente, discreta ou moderada. Raramente, forte.

localização: retroesternal ou discretamente para a esquerda do esterno.

irradiação: ombro esquerdo à braço esquerdo à cotovelo à punho à dedos. Pescoço à braço direito à mandíbula à região epigástrica à peito.

duração: normalmente, dura 5 minutos (em média), podendo durar 15 a 20 minutos, em caso de raiva extrema.

alívio: repouso e nitroglicerina

Outros sintomas: dispnéia, palidez, sudorese, tonturas, palpitações e distúrbios digestivos (náuseas, vômitos).

Diagnóstico:

Manifestações clínicas da dor

Anamnese

Teste de esforço: esteira rolante ou bicicleta.

ECG

Angiografia coronariana

Tratamento:

O tratamento é iniciado com medidas para se evitar a doença arterial coronariana, retardar sua pro-gressão ou revertê-la através do tratamento das causas conhecidas (fatores de risco). Os principais fatores de risco, como a hipertensão arterial e os elevados níveis de colesterol, são tratados imediatamente. O tabagis-mo é o fator de risco evitável mais importante da doença arterial coronariana.

O tratamento da angina depende em parte da gravidade e da estabilidade dos sintomas. Quando os sintomas pioram rapidamente, a hospitalização imediata e o tratamento medicamentoso são usuais. Se os sintomas não forem substancialmente minimizados com o tratamento medicamentoso, a dieta e a alteração do estilo de vida, a angiografia pode ser utilizada para determinar a possibilidade de uma cirurgia de revas-cularização miocárdica ou de uma angioplastia.

* Cuidados de enfermagem

– avaliar as características da dor no peito e sintomas associados.

– avaliar a respiração, a pressão sangüínea e freqüência cardíaca em cada episódio de dor torácica.

– fazer um ECG, cada vez que a dor torácica surgir, para evidenciar infarto posterior.

– monitorizar a resposta ao tratamento medicamentoso.

– avisar o médico se a dor não diminuir.

– identificar junto ao cliente as atividades que provoquem dor.

– oferecer assistência de maneira calma e eficiente de modo a reconfortar o cliente até que o desconforto desapareça.

– prover um ambiente confortável e silencioso para o cliente/família.

– ajudar o paciente a identificar seus próprios fatores de risco.

– ajudar o paciente a estabelecer um plano para modificações dos fatores de risco.

– providenciar orientação nutricional ao cliente/família.

– esclarecer o cliente/família acerca dos medicamentos que deverão ser tomados após a alta hospitalar.

– esclarecer o cliente acerca do plano terapêutico.

– explicar a relação entre a dieta, atividades físicas e a doença.

* Cuidados de enfermagem na administração do nitrato

– a nitroglicerina pode causar uma sensação de queimadura sob a língua quando dor forte;

– orientar o paciente a não deglutir a saliva até que o comprimido esteja totalmente diluído;

– para ação mais rápida, orientar o paciente a triturar o comprimido entre os dentes (conforme prescrição médica);

– orientar repouso até o desaparecimento dos sintomas;

– comunicar qualquer alteração ao médico.

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