Papel da Estratégia de Saúde da Família (ESF) nas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)

Papel da Estratégia de Saúde da Família (ESF) nas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)

A Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017 do Ministério da Saúde, aprova a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB 2017). A Estratégia Saúde da Família (ESF), desempenha um papel fundamental no enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).

A ESF tem como objetivo, oferecer uma atenção integral à saúde, com foco na promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. No caso das DCNT, a atuação da ESF é especialmente importante para:

  1. Promoção da saúde: a ESF trabalha na promoção de estilos de vida saudáveis e na prevenção de fatores de risco para o desenvolvimento de DCNT, por meio da educação em saúde, atividades físicas, alimentação saudável e controle do tabagismo, por exemplo.
  2. Detecção precoce e monitoramento: as equipes da ESF realizam o diagnóstico e o acompanhamento das pessoas com DCNT, identificando precocemente condições de risco e possibilitando intervenções mais eficazes.
  3. Cuidado integral e contínuo: a ESF proporciona um cuidado longitudinal às pessoas com DCNT, garantindo a continuidade do tratamento e o acompanhamento das complicações e desfechos clínicos, evitando agravos e reduzindo a necessidade de internações hospitalares.
  4. Articulação com outros níveis de atenção: a ESF atua na coordenação do cuidado, articulando-se com os demais pontos da Rede de Atenção à Saúde para garantir a integralidade das ações e a resolutividade dos problemas de saúde das pessoas com DCNT.
  5. Apoio à gestão e planejamento: a ESF é responsável pela identificação das necessidades de saúde da população e pelo planejamento das ações locais de enfrentamento das DCNT, contribuindo para o fortalecimento da gestão em saúde.

Dessa forma, a Estratégia Saúde da Família, tem um papel crucial na abordagem das DCNT, promovendo a saúde, prevenindo agravos, garantindo o acesso ao tratamento e contribuindo para a qualidade de vida da população.

Papel do Enfermeiro nas DCNT?

De acordo com a Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), o enfermeiro tem um papel fundamental na Estratégia Saúde da Família (ESF) no enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).

As principais atribuições do enfermeiro na ESF incluem:

  1. Planejamento e coordenação: o enfermeiro coordena as ações de promoção da saúde e prevenção de DCNT, planejando e organizando atividades educativas e de orientação à população.
  2. Ações de promoção da saúde e prevenção: o enfermeiro realiza atividades de promoção da saúde, como ações educativas sobre alimentação saudável, atividade física, controle do tabagismo e prevenção de fatores de risco relacionados às DCNT.
  3. Consulta de enfermagem: o enfermeiro realiza consultas de enfermagem para avaliação, acompanhamento e monitoramento de pacientes com DCNT, identificando sinais e sintomas de agravos e contribuindo para o controle das doenças.
  4. Cuidado integral e contínuo: o enfermeiro participa ativamente do cuidado longitudinal das pessoas com DCNT, contribuindo para a continuidade do tratamento e acompanhamento das complicações e desfechos clínicos, evitando agravos e reduzindo a necessidade de internações hospitalares.
  5. Articulação com outros profissionais: o enfermeiro atua em conjunto com outros membros da equipe multiprofissional da ESF, como médicos, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, nutricionistas, entre outros, para garantir a integralidade do cuidado e a resolutividade dos problemas de saúde das pessoas com DCNT.
  6. Encaminhamentos e coordenação do cuidado: o enfermeiro é responsável por identificar a necessidade de encaminhamento a outros profissionais ou serviços de saúde e por articular o cuidado entre os diferentes níveis de atenção à saúde.

Dessa forma, o enfermeiro tem um papel crucial na abordagem das DCNT na Estratégia Saúde da Família, atuando na promoção da saúde, prevenção de agravos, acompanhamento e tratamento dos pacientes, e garantindo a qualidade e a integralidade do cuidado.

Quais são as Doenças Crônicas Não Transmissíveis?

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), são um grupo de doenças de longa duração e geralmente de progressão lenta. Elas são a principal causa de mortalidade e morbidade em todo o mundo.

Aqui estão algumas das principais DCNT:

  1. Doenças cardiovasculares:
    • Hipertensão arterial
    • Doença coronariana (angina, infarto do miocárdio)
    • Insuficiência cardíaca
    • Acidente vascular cerebral (AVC)
    • Doença arterial periférica
  2. Cânceres:
  3. Doenças respiratórias crônicas:
    • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
    • Asma
  4. Diabetes mellitus:
    • Diabetes tipo 1
    • Diabetes tipo 2
  5. Doenças renais crônicas:
    • Doença renal crônica (DRC) em diferentes estágios
  6. Doenças neurológicas:
    • Alzheimer
    • Parkinson
  7. Doenças musculoesqueléticas:
    • Osteoporose
    • Artrite reumatoide
    • Osteoartrite
  8. Doenças mentais e transtornos psiquiátricos:
    • Depressão
    • Transtornos de ansiedade
    • Esquizofrenia
    • Transtorno bipolar
  9. Obesidade

Esta lista não é exaustiva, mas abrange algumas das principais doenças crônicas não transmissíveis que impactam a saúde global.

Essas doenças compartilham fatores de risco comuns, como tabagismo, alimentação não saudável, inatividade física e consumo nocivo de álcool. A prevenção e o controle desses fatores de risco são essenciais para reduzir a carga das DCNT.

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