Sístole - coração

Sístole

A sístole é a fase do ciclo cardíaco em que as câmaras cardíacas se contraem e bombeiam sangue para fora do coração. A palavra “sístole” é geralmente usada para descrever a contração dos ventrículos, mas também pode ser aplicada à contração dos átrios. Dessa forma, podemos distinguir dois tipos de sístoles: sístole atrial e sístole ventricular.

Tipos de sístoles

Existem dois tipos de sístoles: sístole atrial, que se refere à contração dos átrios, e sístole ventricular, que se refere à contração dos ventrículos. Ambas as fases são cruciais para garantir o fluxo sanguíneo adequado pelo corpo e o fornecimento de oxigênio e nutrientes aos tecidos.

Sístole atrial

A sístole atrial é a fase do ciclo cardíaco em que os átrios se contraem. Essa contração atrial ocorre logo após a despolarização das células musculares atriais, e é responsável por impulsionar o sangue restante nos átrios para os ventrículos.

A sístole atrial contribui com cerca de 20% a 30% do enchimento ventricular, enquanto o restante do enchimento ocorre de forma passiva durante a diástole. A onda P no eletrocardiograma (ECG) representa a despolarização atrial e está relacionada à sístole atrial.

Sístole ventricular

A sístole ventricular é a fase do ciclo cardíaco em que os ventrículos se contraem. Essa contração ventricular é iniciada pela despolarização das células musculares ventriculares.

Durante a sístole ventricular, a pressão no interior dos ventrículos aumenta rapidamente, fazendo com que as válvulas atrioventriculares (tricúspide e mitral) se fechem e as válvulas semilunares (aórtica e pulmonar) se abram.

Isso permite que o sangue seja ejetado do ventrículo esquerdo para a aorta e do ventrículo direito para a artéria pulmonar. No ECG, o complexo QRS representa a despolarização ventricular e está relacionado à sístole ventricular.

Cuidados de enfermagem

É fundamental que os profissionais de enfermagem, incluindo enfermeiros e técnicos de enfermagem, compreendam o conceito de sístole e identifiquem problemas relacionados à sístole anormal. Isso se deve a várias razões:

  1. Avaliação clínica: O conhecimento sobre a sístole permite que os profissionais de enfermagem realizem avaliações clínicas mais precisas dos pacientes, como aferir a pressão arterial e a pulsação, e identificar possíveis anormalidades. A compreensão do ciclo cardíaco também serve para correlacionar os achados clínicos com as manifestações dos pacientes, como a presença de edema, dispneia e fadiga.
  2. Monitoramento e identificação de problemas: Os profissionais de enfermagem frequentemente monitoram pacientes com condições cardíacas ou com risco de desenvolver problemas cardíacos. Compreender a sístole e suas possíveis anormalidades, permite que identifiquem sinais precoces de deterioração clínica, como alterações na frequência cardíaca, na pressão arterial ou no ritmo cardíaco.
  3. Interpretação de exames: Os profissionais de enfermagem devem conseguir interpretar exames, como o eletrocardiograma (ECG), para identificar possíveis anormalidades na sístole, como arritmias ou sinais de isquemia. Isso é crucial para a comunicação eficiente com outros membros da equipe de saúde e para a tomada de decisões informadas no cuidado do paciente.
  4. Educação e aconselhamento ao paciente: Os profissionais de enfermagem desempenham um papel importante na educação e no aconselhamento dos pacientes sobre suas condições de saúde e como gerenciá-las. Compreender a sístole e suas anormalidades permite que forneçam informações precisas e úteis aos pacientes e seus familiares sobre o funcionamento do coração e a importância de adotar hábitos de vida saudáveis.
  5. Implementação e avaliação de intervenções: O conhecimento da sístole e suas anormalidades também ajuda os profissionais de enfermagem a implementar e avaliar a eficácia das intervenções terapêuticas, como a administração de medicamentos e a realização de procedimentos clínicos. Além disso, permite que eles consigam ajustar planos de cuidados conforme a resposta do paciente ao tratamento.

Falamos neste tópico, sobre a sístole, sendo o momento de contração das câmaras cardíacas. Mas é bom lembrar que no coração também tem o momento de relaxamento, chamado de diástole, mas isso é outra aula. Até mais.

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