Coagulação e Obstrução na Administração de Medicamentos

Coagulação e Obstrução na Administração de Medicamentos

Atualizado em 08/02/2023 às 08:47

A coagulação sanguínea consiste na conversão de uma proteína solúvel do plasma, o fibrinogênio, em um polímero insolúvel, a fibrina, por ação de uma enzima denominada trombina. 

Rede de fibras

A fibrina forma uma rede de fibras elásticas, que consolida o tampão plaquetário e o transforma em tampão hemostático. A coagulação é uma série de reações químicas entre varias proteínas que convertem pró-enzimas (zimógenos) em enzimas (proteases). Essas pró-enzimas e enzimas são denominadas fatores de coagulação. A ativação destes fatores é provavelmente iniciada pelo endotélio ativado e finalizado na superfície das plaquetas ativadas e tem como produto essencial a formação de trombina que promoverá modificações na molécula de fibrinogênio liberando monômeros de fibrina na circulação. 

Estes últimos vão unindo suas terminações e formando um polímero solúvel (fibrina S) que, sob a ação do fator XIIIa (fator XIII ativado pela trombina) e íons cálcio, produz o alicerce de fibras que mantêm estável o agregado de plaquetas previamente formado.

Os coágulos podem formar-se na administração EV em consequência de equipo torcido, de velocidade de infusão muito lenta, de espaço vazio ou da falta de lavagem da linha após administração de medicamentos.

Nunca se deve tentar desobstruir o cateter.

Seringas grandes fazem alta pressão, pode-se tentar aspirar o cateter com uma seringa de 1 a 3 ml.

          A aspiração impede que se empurre o trombo para a circulação e previne a formação de hematoma por rompimento da veia. Se não obter-se êxito, deve-se retirar o cateter e realizar uma nova punção.

Deve-se interromper a infusão e reiniciar em outro local. O equipo não deve ser irrigado ou ordenhado, nem a velocidade da infusão aumentada, nem o frasco da solução elevado.

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