Medicamentos anticonvulsivantes

Medicamentos anticonvulsivantes

Atualizado em 08/02/2023 às 09:16

São medicamentos indicados nos casos de crises convulsivas. Merecem destaque: ácido valproico, fenobarbital, carbamazepina, lorazepan e fenitoína.

O medicamento ácido valproico é indicado no tratamento de epilepsia e epilepsia mioclônica. Sua administração é por via oral (cápsula, comprimido revestido, drágea, solução oral, xarope e comprimido).

Os pacientes em uso de ácido valproico podem apresentar, como efeitos colaterais: agressividade, alteração menstrual, alteração de peso corporal, hiperglicemia, constipação ou diarreia, depressão, dislalia, cefaleia, dor abdominal, erupção na pele, náusea, êmese, sonolência, perturbação de conduta e perturbação dos movimentos.

Cuidados específicos por parte da enfermagem quanto ao ácido valproico:

  • Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas pelo médico.
  • Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxílio da enfermagem, devido ao risco de perturbação dos movimentos.
  • Orientar familiares sobre a possibilidade de perturbação de conduta.
  • Orientar sobre o risco de dirigir e operar máquinas, devido à sonolência.
  • Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.

O medicamento fenobarbital é indicado nos casos de convulsão febril (em crianças) e epilepsia. Sua administração pode ser por via oral (comprimido e gotas), intramuscular ou endovenosa.

O paciente em uso de fenobarbital pode apresentar, como efeitos co- laterais: aumento da frequência de sonhos e pesadelos, colapso circulató- rio, confusão mental, agitação (principalmente em idosos), constipação ou diarreia, contração da laringe, deficiência de vitamina K (sangramento em recém-nascidos de mães que utilizam o medicamento), depressão do sistema nervoso central, depressão respiratória, bradicardia, cefaleia, dor no estômago, urticária, êmese, sonolência, náusea e vertigem.

Cuidados específicos por parte da enfermagem quanto ao fenobarbital:

  • Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de

administração prescritas pelo médico.

  • Na apresentação injetável, atentar para a distinção entre ampolas para uso intramuscular e ampolas para uso endovenoso.
  • Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxílio da enfer- magem, devido ao risco de vertigem.
  • Observar que a administração endovenosa máxima é de 600 mg em 24 horas, em adultos.
  • Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.

O medicamento carbamazepina é classificado como anticolvulsivante, antinevrálgico, antiepiléptico e antipsicótico. Sua administração é por via oral (comprimido e xarope).

Os pacientes em uso de carmazepina podem apresentar, como efeitos colaterais: alterações nos resultados de exames laboratoriais de sangue (como a leucopenia), confusão mental, constipação ou diarreia, diminuição da atenção, distúrbio de humor, erupção na pele, febre, náusea, perturbação dos movimentos, sonolência, tontura e ulceração na cavidade oral.

Cuidados específicos por parte da enfermagem quanto à carbamazepina:

  • Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas pelo médico.
  • Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxílio da enfermagem, devido ao risco de tontura.
  • Orientar familiares sobre a possibilidade de distúrbio de humor.
  • Orientar sobre o risco de dirigir e operar máquinas, devido à sonolência.
  • Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.

O medicamento lorazepan é classificado como anticonvulsivante, tranquilizante e ansiolítico. Sua administração é por via oral. No Brasil, não há a apresentação injetável.

O paciente em uso de lorazepan pode apresentar, como efeitos colaterais: alucinações, boca seca, cansaço, depressão, dificuldade para urinar, dor articular, dor no tórax, falta de coordenação dos movimentos, febre, inflamação na boca e na garganta, palpitação, pesadelo, hipotensão ortostática e diplopia.

Cuidados específicos por parte da enfermagem quanto à lorazepan:

  • Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas pelo médico.
  • Pode-se usar no lugar do diazepam nos casos de crises convulsivas, apresentando ação mais prolongada e com menos efeitos colaterais.
  • Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxílio da enfermagem, devido ao risco de falta de coordenação dos movimentos.
  • Orientar sobre o risco de dirigir e operar máquinas, devido ao risco de falta de coordenação dos movimentos.
  • Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.

O medicamento fenitoína é indicado nos casos de convulsão, epilepsia e nevralgia do trigêmeo. Sua administração pode ser por via oral (cápsula, comprimido e solução) ou endovenosa.

O paciente em uso de fenitoína pode apresentar, como efeitos colaterais, nos casos de administração por via oral: nistagmo, ataxia, diplopia, confusão mental, irritabilidade, insônia, tontura, distúrbio visual, cefaleia, depressão medular, êmese, reações alérgicas e rush cutâneo. Nos casos de administração endovenosa, pode apresentar: hipotensão e choque (administração rápida), depressão do sistema nervoso central e arritmia.

Cuidados específicos por parte da enfermagem quanto à fenitoína:

  • Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas pelo médico.
  • Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxílio da enfermagem, devido ao risco de tontura.
  • Orientar familiares sobre a possibilidade de confusão mental e irritabilidade.
  • Orientar sobre o risco de dirigir e operar máquinas, devido às alterações visuais (nistagmo, diplopia, distúrbio visual).
  • Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.

REFERÊNCIAS

1. Administração de medicamentos na Enfermagem. Rio de Janeiro: EPUB. 2ª ed, 2002
2. FURP – Memento Terapêutico. Secretaria de Estado da Saúde. 6ª ed., nov/95.
3. STAUT, NAÍMA DA SILVA – Manual de drogas e soluções. São Paulo: EPU, 1986.
4. ZANINI, A.C., OGA S. – Farmacologia aplicada. 5º ed. São Paulo: Atheneu, 1994.
5.FAKIH, F.T. – Manual de Diluição e administração de medicamentos injetáveis. 1ªed.
Rio de Janeiro, 2000
6. FONSECA, S.M. et al – Manual de Quimiterapia antineoplasica. 1ªed, Rio de Janeiro,
2000
7. DUNCAN, H.A. et al – Dicionário Andrei para enfermeiros e outros profissionais da
saúde, 2ªed, São Paulo, 1995

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