Vias de Administração de Medicamentos

Vias de Administração de Medicamentos

Atualizado em 08/02/2023 às 08:44

O processo de administrar medicamentos é complexo abrange vários setores, dentre os quais:

  • Compras: aquisição de medicamentos.
  • Farmácia: armazenamento, dispensação, separação, conferência e orientação.
  • Enfermagem: preparo, diluição e administração de medicamentos.
  • Médicos: prescrição dos medicamentos.

Esse procedimento é norteado por normas éticas e legais.

A via de administração pode ser definida como o local onde o medicamento entrará em contato com o organismo. Os medicamentos poderão ser administrados por várias vias, sendo necessários cuidados específicos com cada uma delas.

Sua escolha envolve o tipo de medicamento, o tempo de ação esperado, a habilidade do profissional, os efeitos colaterais do medicamento e o estado físico geral do paciente.

Regras gerais

  • Todo medicamento requer prescrição médica.
  • O ideal é que a prescrição seja feita por escrito. Prescrições por ordem verbal somente devem ocorrer em situações de risco de morte.
  • Todo medicamento deve ter rótulo.
  • Todo medicamento deve estar dentro do prazo de validade.
  • Não administrar medicamento preparado por outro profissional.
  • Informar-se sobre ação, dose e efeitos colaterais dos medicamentos.
  • Em situações duvidosas, não administrar o medicamento.
  • Manter os medicamentos em condições especiais para uso, como refrigeração e fotossensibilidade.
  • Os medicamentos devem ser armazenados em locais apropriados.
  • Medicamentos controlados devem ser segregados.

Cuidados gerais no preparo de medicamentos

  • Não conversar durante o preparo de medicamentos.
  • A prescrição médica deve ser mantida com o profissional no momento de preparo do medicamento.
  • Seguir critérios de segurança como os 5 Certos: medicamento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.
  • Lavar as mãos antes e após o preparo do medicamento, a fim de minimizar os riscos de contaminação.
  • Checar a prescrição médica logo após a administração do medicamento.
  • Anotar em prontuário qualquer alteração na administração de medicamento, como recusas, reações alérgicas e efeitos colaterais.

Seguir protocolos da instituição sobre diluição de medicamentos administrados por via oral ou endovenosa.

  • Não misturar na mesma administração medicamentos diferentes, com exceção dos casos prescritos pelos médicos.
  • Administrar os medicamentos por via oral com água, exceto em casos prescritos pelo médico.

Cuidados gerais em relação à anotação de enfermagem

  • Observar e anotar reações alérgicas decorrentes da administração de medicamentos.
  • Realizar anotações de enfermagem relacionadas à administração de medicamento.
  • As anotações de enfermagem devem conter data, horário, assinatura e identificação do Coren.
  • Justificar, em anotação de enfermagem, qualquer tipo de recusa da administração pelo paciente ou a suspensão do

medicamento. O horário para administração, colocado em prescrição médica, deverá ser determinado.

Vias de administração

As vias de administração podem ser divididas em:

  • Via enteral:

  • oral;
  • sublingual;
  • retal.
  • Via vaginal.

  • Via parenteral:

  • intravascular: intravenosa e intra-arterial;
  • intramuscular;
  • subcutânea;

Intradérmica;

 Intracardíaca.

  • Via tópica:
  • dérmica;
  • transdérmica;
  • intraocular.
  • Via nasal.
  • Via inalatória.
  • Via auricular.
  • Via intratecal:
  • peridural;
  • subaracnoidea.
  • Via intraperitônea.
  • Via intra-articular.

REFERÊNCIAS
1. Administração de medicamentos na Enfermagem. Rio de Janeiro: EPUB. 2ª ed, 2002
2. FURP – Memento Terapêutico. Secretaria de Estado da Saúde. 6ª ed., nov/95.
3. STAUT, NAÍMA DA SILVA – Manual de drogas e soluções. São Paulo: EPU, 1986.
4. ZANINI, A.C., OGA S. – Farmacologia aplicada. 5º ed. São Paulo: Atheneu, 1994.
5.FAKIH, F.T. – Manual de Diluição e administração de medicamentos injetáveis. 1ªed.
Rio de Janeiro, 2000
6. FONSECA, S.M. et al – Manual de Quimiterapia antineoplasica. 1ªed, Rio de Janeiro,
2000
7. DUNCAN, H.A. et al – Dicionário Andrei para enfermeiros e outros profissionais da
saúde, 2ªed, São Paulo, 1995

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