Última atualização: 09/02/2023
A punção venosa ou punção intravenosa é o processo de obtenção de acesso intravenoso para fins de terapia intravenosa ou para coleta de sangue do sangue venoso ou administração de medicamentos.
Na medicina, este procedimento é realizado por vários tipos de profissionais e cada um tem a sua finalidade, cientistas de laboratórios, médicos, alguns EMTs, paramédicos, flebotomistas, técnicos de diálise, técnicos de enfermagem e outros profissionais de enfermagem. Na medicina veterinária, o procedimento é realizado por veterinários e técnicos veterinários.
É essencial seguir um procedimento padrão para a coleta de amostras de sangue para obter resultados laboratoriais precisos. Qualquer tipo de erro na coleta de sangue ou depósito dos tubos de ensaio pode levar a resultados laboratoriais errôneos.
A punção venosa é um dos procedimentos invasivos mais rotineiramente realizados e é realizada por qualquer um dos cinco motivos:
1 – obter sangue para fins de diagnóstico;
2 – para monitorar os níveis de componentes do sangue (Lavery & Ingram 2005);
3 – administrar tratamentos terapêuticos incluindo medicamentos, nutrição ou quimioterapia;
4 – remover o sangue devido a níveis excessivos de ferro ou eritrócitos (glóbulos vermelhos);
5 – coletar sangue para uso posterior, principalmente transfusão no doador ou em outra pessoa.
Material:
- Bandeja para acondicionar o material.
- Luvas de procedimento.
- Dispositivo venoso adequado para a rede venosa (considerar o tempo de permanência necessário).
- Conector de sistema fechado.
- Algodão com álcool a 70%.
Material para fixação: fita adesiva hipoalergênica ou filme transparente.
- Garrote.
Técnica:
- Higienizar as mãos.
- Separar o material necessário.
- Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado.
- Higienizar as mãos e calçar as luvas.
- Avaliar as condições da rede venosa do paciente, identificando o melhor local a ser puncionado.
- Garrotear o membro aproximadamente 5 cm acima do local a ser puncionado.
- Abrir o material com técnica asséptica.
- Pedir para o paciente abrir e fechar a mão diversas vezes, mantendo a mão fechada até a obtenção do retorno venoso.
- Fazer antissepsia ampla no local com compressa embebida em álcool a 70% com movimento único de baixo para cima.
- Inserir o cateter na veia com a mão dominante com o bisel da agulha voltado para cima, em ângulo de 30º, 1 cm abaixo do local da punção.
- Após a verificação do refluxo sanguíneo, pedir para o paciente abrir a mão, introduzir delicadamente o corpo do cateter e retirar o mandril (cateter sobre agulha).
- Soltar o garrote.
- Adaptar conector de sistema fechado.
- Fixar o cateter com filme transparente.
- Reunir o material e deixar a unidade em ordem.
Retirar as luvas.
- Higienizar as mãos
- Checar o procedimento em prescrição médica.
- Fazer anotação de enfermagem, relatando local da punção e dispositivo utilizado.
Observação:
É necessário retirar o ar do dispositivo antes de realizar a punção venosa. Isso pode ser feito injetando-se soro fisiológico (SF) 0,9% antes da punção no dispositivo ou permitindo o refluxo de sangue no momento da pun- ção até o final do dispositivo.
Tabela – Calibre dos dispositivos venosos periféricos
Calibre do cateter agulhado SCALP | Calibre do cateter sobre agulha – JELCO | Indicações |
19 G | 14, 16 e 18 G | Necessidade de infusão rápida; requer veia de grande calibre. |
21 G | 20 G | Maioria das infusões; uso comum. |
23 G | 22 G | Crianças maiores (escolares), adolescentes e idosos. |
25 G | 24 G | Veias de pequeno calibre e crianças menores, lactentes e pré-escolares. |
27 G | 26 G | Neonatos e lactentes. |
Gostei da publicação!
Ótimo artigo! Bem completo e de fácil entendimento.
Muito obrigada pela publicação,foi de grande importância para aumentar meus conhecimentos.
Muito bem explicado ,esses conteúdos nos ajuda bastante pra quem é recém formado e sem experiências.