Mulher que atacou o padre Marcelo Rossi durante uma missa na comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista São Paulo, é uma técnica em enfermagem.
A mulher é divorciada e moradora do Bairro de Anchieta, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ao prestar depoimento, V. H. F. S, de 32 anos, alegou que sofre de transtorno bipolar e que faz tratamento psiquiátrico.
O ataque foi gravado em vídeo, que se espalhou nas redes sociais. A missa era transmitida pela internet. Conforme mostra o vídeo, o padre Marcelo Rossi fazia uma pregação, quando a mulher corre em direção ao religioso e o empurra. Ele caiu em cima dos fiéis. Ainda no domingo, o próprio Marcelo Rossi gravou vídeo, afirmando estava bem.
Logo depois do episódio, embora o padre Marcelo Rossi não tenha registrado queixa, a mulher que o atacou foi levada pela Polícia Militar para a delegacia de plantão de Lorena. A PM registrou a agressão em um boletim de ocorrência (BO).
Ao prestar depoimento na delegacia, a mulher demonstrou confusão mental. Ela disse que foi à comunidade Canção Nova em uma excursão. De acordo com o delegado responsável pelo procedimento, Daniel Castro, V..H.F.S. afirmou que a intenção era “se aproximar para conversar” com o padre Marcelo Rossi e não para agredi-lo. No entanto, segundo o delegado, as declarações da mulher foram “desencontradas”.
“Ela falou que queria entrar para conversar com ele e que se assustou na hora que viu os seguranças correndo atrás dela. É a versão dela, mas quem vê as imagens vê que não tem nada disso [seguranças correndo atrás dela]. Ela entrou correndo, se assustou e empurrou ele num momento em que meio que surtou, perdeu o controle, mas que não tinha intenção nenhuma, que queria só conversar com ele”, informou Castro.
Na saída da delegacia, a mulher disse que o ocorrido foi algo entre ela e o padre. “Entre eu e ele, entre eu e ele”, falou. Em seguida, ela entrou em um carro da Canção Nova para ser levada de volta à Cachoeira Paulista, onde passou a noite em uma pousada. A cidade fica situada às margens da Via Dutra, a 198 quilômetros do Rio de Janeiro.
Filho de três anos
V.H.F.S foi à excursão na companhia de seu filho de três anos de idade. Com ocorrido, um representante do Conselho Tutelar de Cachoeira Paulista também foi à delegacia. Segundo Maria Cristiane Batista, o menor está agora sob responsabilidade de outra conselheira em uma pousada da cidade.
Na delegacia onde foi colhido o depoimento, em Lorena (SP), estavam presentes também dois representantes da Canção Nova, mas eles não deram entrevista. Além deles, havia também uma das organizadoras da excursão do Rio na qual estava a agressora, mas ela também não deu declaração.
Agressão
Um vídeo do momento da agressão circulou pela web no final da tarde de domingo (14). Na gravação, o padre Marcelo Rossi aparece celebrando uma missa quando uma mulher corre em sua direção e o empurra com força, fazendo com que ele caia do palco.
Padre não quis registrar B.O.
O padre Marcelo Rossi optou por não registrar a queixa, mas a emissora católica fez a ocorrência contra a mulher e o caso foi registrado como lesão corporal. De acordo com a Polícia Civil, se o padre não apresentar queixa contra mulher em até seis meses, o caso será arquivado.
A mulher vai permanecer em liberdade. O caso vai para a polícia em Cachoeira Paulista.