Antiinflamatórios - Termo técnico de enfermagem

Anti-inflamatórios

Atualizado em 16/04/2023 às 10:18

Anti-inflamatório ou antiflogístico, é uma substância, ou medicamento, que combate a inflamação de tecidos do corpo humano.

Tais medicamentos atuam por favorecer o desaparecimento dos edemas, desidratando os tecidos tumefeitos, por ativação da circulação local ou por vasoconstrição no local da aplicação, ou por coagulação das albuminas tissulares.

O que são Anti-inflamatórios?

Anti-inflamatórios, são medicamentos usados para reduzir inflamações, dor e febre no corpo. Eles funcionam inibindo a produção de substâncias químicas chamadas prostaglandinas, responsáveis por causar inflamação, dor e febre.

Surgimento e descoberta: A descoberta dos antiinflamatórios tem suas raízes na antiguidade. A história da utilização de substâncias naturais com propriedades antiinflamatórias remonta a civilizações antigas, como os egípcios e os gregos. Entretanto, o avanço científico na área só começou no século XX.

Em 1897, Felix Hoffmann, um químico alemão que trabalhava na Bayer, sintetizou o ácido acetilsalicílico, conhecido popularmente como aspirina, a partir do ácido salicílico. A aspirina foi a primeira droga antiinflamatória não esteroide (AINE) a ser descoberta e é ainda amplamente utilizada.

Tipos principais de anti-inflamatórios

Existem dois tipos principais de anti-inflamatórios: anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e corticosteroides:

  • Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): Esses medicamentos incluem a aspirina, ibuprofeno, naproxeno e diclofenaco, entre outros. Eles funcionam inibindo a ação das enzimas ciclooxigenase (COX-1 e COX-2), responsáveis pela produção de prostaglandinas. AINEs são comumente usados para tratar dor, inflamação e febre.
  • Anti-inflamatórios esteroides (Corticosteroides): São medicamentos derivados de hormônios esteroides produzidos pelas glândulas adrenais. Eles têm potentes efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores. Os corticosteroides incluem a prednisona, hidrocortisona e dexametasona. Eles são frequentemente usados para tratar doenças autoimunes, alergias graves e inflamações crônicas.

Evolução de novos medicamentos:

A evolução e o desenvolvimento de novos medicamentos anti-inflamatórios, tem se concentrado em melhorar a especificidade e reduzir os efeitos colaterais. Um exemplo é a criação dos inibidores seletivos de COX-2, como o celecoxibe, que têm menos efeitos adversos gastrointestinais do que os AINEs não seletivos.

Além disso, pesquisas estão em andamento para desenvolver novos medicamentos que modulem a inflamação de maneiras diferentes, como inibidores de citocinas e inibidores de JAK.

Cuidados ao uso exagerado ou automedicação

Os anti-inflamatórios podem causar efeitos colaterais e interações medicamentosas, especialmente quando usados ​​em excesso ou sem a supervisão de um profissional de saúde.

Os profissionais de enfermagem, podem orientar os pacientes sobre os riscos da automedicação e do uso excessivo de anti-inflamatórios. Incentivando-os a consultar um profissional de saúde antes de tomar medicamentos, especialmente se estiverem usando outros medicamentos ou tiverem condições médicas pré-existentes.

Alguns dos riscos associados ao uso excessivo ou automedicação incluem:

  • Efeitos gastrointestinais, como úlceras, hemorragias e perfurações;
  • Reações alérgicas e problemas de coagulação, especialmente com o uso de aspirina;

Cuidados e orientações de enfermagem para os pacientes

Os enfermeiros desempenham um papel fundamental na orientação e cuidado dos pacientes que usam anti-inflamatórios. Algumas orientações e cuidados de enfermagem importantes incluem:

  1. Avaliação e histórico médico: Antes de administrar anti-inflamatórios, os enfermeiros devem avaliar o histórico médico do paciente, incluindo alergias, outras condições médicas e medicamentos em uso, para identificar possíveis contraindicações ou interações medicamentosas.
  2. Educação do paciente: É crucial fornecer informações sobre o medicamento, como seu objetivo, dosagem, frequência e duração do tratamento. Além disso, explique os possíveis efeitos colaterais e quando procurar atendimento médico.
  3. Monitoramento de efeitos colaterais: Os enfermeiros devem monitorar os pacientes em busca de sinais de efeitos colaterais, como dor abdominal, sangramento gastrointestinal, náuseas, tonturas e reações alérgicas. Eles devem relatar quaisquer problemas ao médico responsável e tomar as medidas apropriadas para gerenciar os efeitos colaterais.
  4. Aconselhamento sobre estilo de vida: Incentive os pacientes a adotar hábitos saudáveis, como dieta equilibrada, exercícios físicos regulares e controle do estresse, para auxiliar no manejo da inflamação e dor.
  5. Administração adequada: Os enfermeiros devem garantir que os pacientes tomem os anti-inflamatórios conforme as instruções. Por exemplo, alguns medicamentos devem ser tomados com alimentos para reduzir o risco de problemas gastrointestinais.
  6. Adesão ao tratamento: Verifique se o paciente está seguindo o plano de tratamento prescrito e forneça suporte e orientação conforme necessário. Isso pode incluir lembretes para tomar a medicação e reforçar a importância da adesão ao tratamento.
  7. Comunicação com a equipe de saúde: Mantenha uma comunicação aberta e eficaz com a equipe de saúde do paciente, incluindo médicos e farmacêuticos, para garantir o tratamento adequado e o manejo dos efeitos colaterais.
  8. Seguimento e reavaliação: Agende consultas de acompanhamento para monitorar a eficácia do tratamento e reavaliar a necessidade de ajustes na dosagem ou no tipo de anti-inflamatório usado.
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