Última atualização: 25/01/2025
Com a chegada do verão, muitas pessoas enfrentam problemas relacionados à saúde ocular, e a blefarite é um dos mais frequentes. Trata-se de uma inflamação crônica das pálpebras, caracterizada por sintomas como inchaço, vermelhidão, coceira e formação de crostas. Embora possa afetar indivíduos de todas as idades, as mulheres apresentam maior incidência, sendo 40% mais afetadas do que os homens.
O que é a blefarite e por que ocorre mais em mulheres?
De acordo com especialistas, a blefarite é uma condição multifatorial que tende a piorar em climas quentes devido ao aumento da oleosidade da pele. Essa oleosidade excessiva pode bloquear as glândulas de Meibômio, localizadas nas bordas das pálpebras, causando desconforto e outros sintomas associados. A situação é agravada pelo uso inadequado de maquiagem, prática comum entre mulheres, como apontado em estudos recentes.
Entre os erros mais comuns estão o compartilhamento de produtos cosméticos, o uso de lápis na borda interna das pálpebras e a negligência na limpeza de pincéis e esponjas. Todos esses fatores contribuem para a proliferação de bactérias, agravando a inflamação.
Sintomas e diagnóstico
Os principais sinais de blefarite incluem:
- Vermelhidão e inchaço nas pálpebras.
- Produção excessiva de lágrimas.
- Sensibilidade à luz.
- Crostas secas semelhantes à caspa nas bordas das pálpebras.
- Visão embaçada em casos mais severos.
Muitas vezes, os sintomas são confundidos com os de conjuntivite, o que pode atrasar o diagnóstico e o tratamento adequado. Um exame oftalmológico completo, que inclui testes específicos para avaliar a função das glândulas de Meibômio e a qualidade da lágrima, é essencial para confirmar a condição.
Tratamento e prevenção
O tratamento da blefarite varia conforme a gravidade do caso, mas pode incluir:
- Higiene das pálpebras: Limpar as pálpebras com soluções específicas, três vezes ao dia.
- Compressas mornas: Aplicadas de duas a três vezes ao dia para reduzir o inchaço e ajudar na drenagem das glândulas.
- Massagem das pálpebras: Realizada com movimentos circulares suaves, duas vezes por semana.
- Luz pulsada: Um tratamento supervisionado por oftalmologistas que alivia os sintomas e também pode tratar condições associadas, como rosácea.
Além disso, medidas preventivas são fundamentais para evitar recidivas:
- Interromper o uso de maquiagem nos olhos ao primeiro sinal de desconforto.
- Descartar produtos de maquiagem com textura, cheiro ou cor alterados, mesmo antes do prazo de validade.
- Adotar uma dieta rica em ácidos graxos ômega-3, presentes em alimentos como nozes e sementes de linhaça.
Embora a blefarite possa parecer um problema menor, sua recorrência e os desconfortos que causa destacam a importância de buscar diagnóstico precoce e adotar hábitos de higiene adequados. Consultar um oftalmologista ao primeiro sinal de desconforto é crucial para evitar complicações e garantir a saúde ocular. Veja também Músculos da Face: Estrutura e Funções.