Polícia conclui que troca de bebês em hospital de Inhumas não configura crime

Última atualização: 28/03/2025

Após meses de investigação sobre um caso que mobilizou a população de Inhumas e ganhou repercussão nacional, a Polícia Civil finalizou o inquérito envolvendo a troca de recém-nascidos em uma maternidade da cidade, localizada na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo o relatório policial, não houve indícios de dolo ou má-fé por parte dos profissionais da unidade hospitalar. O incidente, embora grave e emocionalmente impactante para as famílias envolvidas, foi classificado como um erro humano sem intenção criminosa, o que levou à recomendação de arquivamento do caso.

Erro sem intenção criminosa

O inquérito conduzido pela Polícia Civil apurou as circunstâncias em que os bebês foram trocados logo após o nascimento. A análise de documentos, entrevistas com funcionários do hospital e depoimentos das famílias mostraram que não houve qualquer tentativa deliberada de enganar ou prejudicar os envolvidos. De acordo com os investigadores, a troca aconteceu devido a uma falha operacional na identificação dos recém-nascidos.

As famílias afetadas relataram o choque ao descobrirem que não estavam com seus filhos biológicos. Testes de DNA foram fundamentais para confirmar a troca. Apesar do sofrimento e do abalo emocional causado pela situação, os pais buscaram respostas e, em conjunto com os órgãos competentes, conseguiram realizar o reencontro com seus filhos verdadeiros.

Desfecho sem responsabilização penal

Com base nas evidências reunidas, os investigadores concluíram que o hospital não agiu com negligência grave nem houve omissão dolosa. Por esse motivo, o inquérito foi encerrado sem apontar a responsabilidade penal de funcionários ou da instituição. A decisão, segundo os responsáveis pelo caso, segue os parâmetros legais e reconhece a gravidade da situação, ainda que sem configurar crime.

Embora não tenha sido considerado culpado criminalmente, o hospital envolvido deverá revisar e aprimorar seus protocolos internos para garantir que situações semelhantes não voltem a ocorrer. A Secretaria de Saúde também foi notificada para acompanhar de perto os procedimentos da unidade. Veja também Uiramutã poderá receber hospital indígena com investimento de R$ 10 milhões.

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