Última atualização: 10/01/2025
Em uma medida inédita para fortalecer a luta contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, o prefeito de São José do Rio Preto, Coronel Fábio Candido, anunciou a inclusão de cerca de 100 reeducandos do sistema prisional em regime semiaberto nos mutirões de combate à dengue. A decisão foi oficializada após reunião no dia 9 de janeiro, contando com a presença de representantes do Poder Judiciário, líderes municipais e autoridades do sistema prisional.
Contexto e justificativas
A iniciativa surge em meio a uma crise de saúde pública que também levou os municípios vizinhos, como Potirendaba, Glicério e Tanabi, a decretarem estado de emergência. O aumento preocupante de casos de dengue impulsionou as autoridades locais a buscarem soluções inovadoras e colaborativas.
O prefeito enfatizou a importância da cooperação entre diferentes setores da sociedade para enfrentar o problema: “A união de forças é essencial para proteger Rio Preto. Contar com o apoio do sistema prisional e a dedicação dos reeducandos reforça que todos podem contribuir para melhorar a qualidade de vida na cidade”, declarou Fábio Candido.
Ação coordenada
Os reeducandos, sob supervisão direta da Guarda Municipal, atuarão na limpeza de locais considerados críticos, removendo potenciais criadouros do mosquito. O trabalho será direcionado para terrenos baldios, áreas públicas e espaços onde há maior risco de proliferação do vetor.
A mobilização começará no dia 13 de janeiro e faz parte de um esforço contínuo para conter a propagação de doenças causadas pelo Aedes aegypti. A ação não apenas busca resultados imediatos na redução de focos do mosquito, mas também visa integrar os participantes em atividades de serviço à comunidade, promovendo um senso de responsabilidade cívica.
Participação de lideranças e comunidade
A reunião decisória contou com a participação do juiz da Vara da Infância e Juventude, Evandro Pelarin, da juíza Luciana Cassiane, diretora do Fórum, e do diretor do Complexo Penal de Rio Preto, Hezequias Ambrosi. Representantes da Associação Viva Centro e diversos secretários municipais também marcaram presença, reforçando o caráter integrado da iniciativa.
Implicações e reflexões
A estratégia levanta questões importantes sobre a reintegração social de detentos e o papel de políticas públicas inclusivas. Embora inovadora, a medida requer atenção a aspectos de segurança, direitos humanos e sustentabilidade. Experiências semelhantes podem inspirar outras cidades a buscar soluções colaborativas para problemas de saúde pública, ao mesmo tempo em que promovem a ressocialização de presos.
A escalação de reeducandos para o combate à dengue em São José do Rio Preto destaca uma abordagem pragmática e humanitária para um problema complexo. A iniciativa coloca o município na vanguarda de estratégias inovadoras, demonstrando que ações coordenadas e colaborativas são essenciais para superar desafios de saúde pública e construir comunidades mais seguras e saudáveis. Ver Por que os mosquitos ficam voando perto da orelha quando dormimos?.