Servidores terceirizados protestam por atraso salarial no Hospital de Bonsucesso

Última atualização: 12/02/2025

Na manhã desta quarta-feira (12), trabalhadores terceirizados do Hospital Federal de Bonsucesso, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro, organizaram um protesto para reivindicar o pagamento de salários atrasados. O grupo, composto por recepcionistas, maqueiros e ascensoristas, interrompeu parte das atividades como forma de pressão. Somente por volta das 13 horas, após forte mobilização, os valores pendentes foram depositados e os profissionais retomaram suas funções. O impasse envolve a empresa Gaia, responsável pelo contrato dos terceirizados. De acordo com os funcionários, a companhia não realizou o pagamento dos vencimentos referentes ao mês de janeiro, além de não quitar os direitos trabalhistas de empregados recentemente desligados.

Denúncias de precarização e falta de condições adequadas

Além da questão salarial, os manifestantes relataram dificuldades estruturais enfrentadas dentro do hospital. Entre as queixas, destacam-se a falta de pessoal na unidade, especialmente na emergência, que voltou a operar recentemente, mas com quadro reduzido de profissionais. Há também denúncias sobre a ausência de pagamento do adicional de insalubridade a funcionários da maternidade, um benefício previsto em lei para aqueles que atuam em condições de risco.

A insatisfação dos trabalhadores reflete um problema recorrente nos contratos terceirizados em instituições públicas de saúde, onde empresas intermediárias nem sempre garantem a regularidade dos pagamentos e o cumprimento de obrigações trabalhistas.

Gestora do hospital justifica atraso

Em resposta às acusações, o Grupo Hospital Conceição (GHC), responsável pela administração do Hospital Federal de Bonsucesso, esclareceu que os pagamentos à empresa Gaia dependem da regularização de documentação fiscal e trabalhista.

A entidade afirmou que já notificou formalmente a prestadora para que as pendências sejam resolvidas e os direitos dos trabalhadores sejam respeitados.

A vulnerabilidade dos funcionários

O caso levanta debates sobre a vulnerabilidade dos funcionários terceirizados na área da saúde pública, que frequentemente enfrentam atrasos salariais e condições inadequadas de trabalho, mesmo estando na linha de frente do atendimento à população.

Com a normalização dos pagamentos nesta quarta-feira, os serviços na unidade voltaram ao funcionamento padrão, mas a incerteza sobre a regularidade dos repasses e a insatisfação dos trabalhadores deixam aberta a possibilidade de novos protestos. Veja também Princípio de incêndio no Hospital Federal de Bonsucesso mobiliza brigada e evita danos graves.

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