Última atualização: 01/01/2025
BRONQUITE CRÔNICA: CARACTERÍSTICAS, FATORES DE RISCO E TRATAMENTO. A bronquite crônica é uma inflamação persistente da mucosa brônquica, com produção excessiva de secreção na árvore brônquica. Caracteriza-se por tosse produtiva com duração de pelo menos 3 meses em dois anos consecutivos, após serem excluídas outras possíveis causas. Ver Medicamentos corticoides.
1. FATORES DE RISCO
- Tabagismo: Principal fator de risco, pois:
- Deprecia a atividade macrófaga e o mecanismo ciliar de limpeza do trato respiratório, que deveriam remover irritantes e bactérias.
- Causa acúmulo crescente de muco, gerando irritação, infecção e dano pulmonar.
- Poluição do ar: A inalação de poluentes agrava a irritação brônquica.
- Exposição ocupacional: Contato contínuo com substâncias perigosas suspensas no ar aumenta a suscetibilidade a infecções do trato respiratório inferior.
- Outros aspectos epidemiológicos:
- As crises são mais frequentes durante o inverno.
- Costuma manifestar-se mais intensamente a partir da 5ª década de vida, especialmente em pessoas com histórico de tabagismo e infecções respiratórias recorrentes.
2. SINTOMAS
- Tosse crônica, com produção de catarro.
- Expectoração espessa e de aspecto gelatinoso.
- Sibilos (chiados) e dispneia (falta de ar).
3. DIAGNÓSTICO
- Exame clínico: Avaliação de sinais e sintomas típicos (tosse produtiva prolongada).
- Radiografia de tórax (RX): Pode evidenciar hiperinsuflação, espessamento das paredes brônquicas ou outras alterações indicativas.
- Espirometria: Exame funcional que mede volumes e fluxos pulmonares, detectando obstrução ao fluxo aéreo.
4. TRATAMENTO
- Broncodilatadores: Aliviam o broncoespasmo e melhoram o fluxo de ar.
- Antibióticos: Indicados em caso de infecções bacterianas sobrepostas.
- Corticoides: Reduzem a inflamação das vias aéreas.
- Oxigenoterapia: Para corrigir hipóxia em casos moderados ou graves.
- Inaloterapia: Aerossóis com fármacos que auxiliam na fluidificação de secreções e na dilatação brônquica.
A bronquite crônica, especialmente quando associada ao tabagismo, leva a um processo obstrutivo progressivo. A prevenção e o controle fundamentam-se, sobretudo, na cessação do tabagismo, na adoção de medidas para reduzir a exposição a poluentes e irritantes e no tratamento adequado das infecções respiratórias. A identificação precoce e o acompanhamento clínico regular são cruciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e evitar complicações respiratórias. Ver Fernando Haddad retira piso de enfermagem de nova regra fiscal.