Costelas: Anatomia e Classificação

Última atualização: 01/01/2025

As costelas são ossos longos e curvos que formam a maior parte da caixa torácica, conectando as vértebras torácicas ao esterno. Essas estruturas ósseas desempenham um papel crucial na proteção dos órgãos internos, como pulmões e coração, e auxiliam na respiração.


Número e Classificação das Costelas

O esqueleto humano possui 12 pares de costelas, divididos em três categorias com base na forma como se conectam ao esterno:

  1. Costelas Verdadeiras (7 pares):
    • São os primeiros sete pares.
    • Conectam-se diretamente ao esterno por meio de cartilagens costais independentes.
  2. Costelas Falsas (3 pares):
    • Também chamadas de falsas propriamente ditas.
    • Conectam-se indiretamente ao esterno, através da fusão de suas cartilagens com a cartilagem da sétima costela.
  3. Costelas Flutuantes (2 pares):
    • Os últimos dois pares (11ª e 12ª costelas).
    • Não se conectam ao esterno, permanecendo livres nas extremidades anteriores.

Anatomia das Costelas

Estrutura Geral

Cada costela apresenta características comuns, mas as primeiras e as últimas diferem em alguns aspectos, sendo chamadas de costelas atípicas. A seguir, a descrição de suas partes anatômicas principais.

1ª Costela (Costela Atípica)

A 1ª costela é mais curta e mais larga do que as demais e apresenta peculiaridades específicas:

  • Face Superior:
    • Sulco Ventral: Canal por onde passa a veia subclávia.
    • Tubérculo Escaleno: Local de inserção do músculo escaleno anterior.
    • Sulco Dorsal: Canal para a artéria subclávia.
    • Tubérculo do Músculo Escaleno Médio: Ponto de fixação do escaleno médio.
  • Face Inferior:
    • Lisa e menos detalhada que a face superior.

Costelas Típicas (2ª a 10ª)

Essas costelas possuem características estruturais comuns, divididas em extremidades e corpo.

Extremidade Posterior:

  • Cabeça da Costela:
    • Articula-se com as fóveas costais das vértebras torácicas.
    • Apresenta duas superfícies articulares (superior e inferior), separadas por uma crista.
  • Colo da Costela:
    • Porção achatada que conecta a cabeça ao corpo da costela.
  • Tubérculo da Costela:
    • Pequena eminência na junção do colo com o corpo.
    • Articula-se com a fóvea costal do processo transverso da vértebra correspondente.

Corpo (Diáfise):

  • Face Externa:
    • Convexa, voltada para fora.
  • Face Interna:
    • Côncava, voltada para dentro.
  • Borda Superior:
    • Lisa e arredondada.
  • Borda Inferior:
    • Possui o sulco costal, por onde passam os vasos e nervos intercostais:
      • 2 veias intercostais.
      • 1 artéria intercostal.
      • 1 nervo intercostal.

Ângulo Costal:

  • Local onde a costela faz uma curva mais acentuada.

Costelas Flutuantes (11ª e 12ª)

Essas costelas são mais curtas e não possuem tubérculo nem sulco costal. São ossos menores e menos curvados, com extremidades anteriores livres.


Funções das Costelas

  1. Proteção:
    • Formam uma barreira óssea ao redor de órgãos vitais, como coração, pulmões e grandes vasos.
  2. Respiração:
    • Movem-se durante a inspiração e expiração, permitindo a expansão e retração do tórax.
  3. Fixação Muscular:
    • Servem como pontos de inserção para diversos músculos, como os intercostais, escalenos, e músculos do diafragma.
  4. Estabilidade Torácica:
    • Mantêm a estrutura da caixa torácica, essencial para a ventilação pulmonar e proteção.

Vistas Anatômicas das Costelas

Vista Posterior

  • Mostra a extremidade posterior, com a cabeça articulando-se às vértebras torácicas.
  • Evidencia o colo e o tubérculo da costela.

Vista Superior da Primeira Costela

  • Destaca os sulcos para passagem da veia e artéria subclávias, bem como os pontos de inserção muscular.

Vista Lateral de uma Costela Típica

  • Permite observar o ângulo costal e o sulco costal na borda inferior.

Considerações Clínicas

  1. Fraturas de Costelas:
    • Comuns em traumas torácicos, podem afetar a respiração e lesionar órgãos internos.
  2. Costelas Cervicais:
    • Anomalias anatômicas onde há formação de uma costela extra na região cervical, podendo comprimir estruturas como artérias e nervos.
  3. Síndrome do Desfiladeiro Torácico:
    • Compressão das estruturas neurovasculares que passam pelo sulco da 1ª costela.
As costelas são fundamentais para a estrutura e funcionalidade do tórax.

Elas protegem os órgãos internos, suportam a respiração e fornecem ancoragem para músculos importantes. A classificação e as características anatômicas das costelas refletem sua adaptação para funções específicas no organismo, destacando sua importância no sistema esquelético e respiratório. A Coluna Vertebral: Estrutura, funções e importância no corpo humano

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