Termos Técnicos utilizados em Unidade de Terapia Intensiva – UTI

Atualizado em 18/02/2023 às 08:48

Os termos técnicos de enfermagem estão presentes em todos os setores do hospital, conheça os mais utilizados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Todo profissional de saúde deve saber utilizar os termos técnicos apropriados para cada situação. 

Os Termos Técnicos usados em UTI

Alguns termos são bem específicos de um determinado setor. Logo abaixo iremos apresentar a você alguns termos utilizados por profissionais da UTI. Caso você não encontre o que deseja, você pode visitar o nosso site e fazer uma pesquisa.

  • Bipap: Aparelho utilizado para suporte a respiração de forma não invasiva, utilizando máscaras nasal ou facial, para evitar a necessidade de intubação.
  • Bomba de infusão: Equipamento utilizado para infundir medicamentos e soluções com precisão e segurança.
  • Capnógrafo: Equipamento utilizado para captar a saída do gás carbônico (CO2) que ocorre a cada expiração do ar de nossos pulmões. O equipamento capta o CO2 pois é interposto entre o tubo ventilatório do paciente e o ventilador mecânico. Assim sendo, geralmente é utilizado em pacientes sob ventilação artificial.
  • Cateter de Swan-Ganz: Tipo de cateter instalado no lado direito do coração, e utilizado para medidas diretas de pressões e determinação do débito cardíaco, permitindo um melhor controle da evolução clínica do paciente, facilitando as decisões terapêuticas.
  • Cateter venoso central e intra-cath: Cateter introduzido em veias centrais (mais profundas), permitindo a infusão de soros, medicamentos e monitoração de pressões.
  • Choque: situação em que a circulação dos órgãos é prejudicada,geralmente acompanhada de queda da pressão arterial.
  • Choque séptico: situação em que a circulação dos órgãos é prejudicada, geralmente acompanhada de queda da pressão arterial. Decorre de uma infecção instalada em um ou mais órgãos , e que pode se espalhar por todo o organismo. O tratamento deve se basear em reposição de soro (volume), antibióticos e uso de drogas especiais que auxiliem a manutenção da pressão arterial até que o organismo se recupere.
  • Coma induzido: Expressão utilizada para descrever a condição de alteração da consciência pelo uso de drogas sedativas.
  • Desmame da ventilação mecânica: Procedimento de gradual retirada do suporte oferecido pelo respirador mecânico. Poderá durar algumas horas ou vários dias.
  • Desmame difícil: Condição clínica em que existem dificuldades para interrupção do suporte com ventilação mecânica, relacionada a gravidade da doença atual e reserva funcional respiratória prévia.
  • Derrame Pleural: excesso de líquido no espaço pleural. O espaço pleural é um espaço virtual, habitualmente preenchido por 50 ml de líquido. Este espaço fica entre a parede interna da caixa torácica (revestida pela pleura chamada de parietal) e o pulmão (revestido pela pleura pulmonar). Várias causas podem causar desequilíbrio na produção e absorção contínua deste líquido pleural. Quando isso ocorre, o líquido se acumula e acaba comprimindo o pulmão. Se for um derrame pleural muito volumoso, pode afetar a capacidade de respirar do paciente. O tratamento dependerá da causa que levou ao acúmulo e muitas vezes implica em punção e drenagem do líquido para análise e alívio.
  • Diálise: Método de substituição da atividade renal, permitindo a retirada de substâncias tóxicas ao organismo e remoção de líquidos, não eliminados pela falta de diurese. Poderá ser feita a filtragem direta do sangue(hemodiálise), ou indiretamente utilizando-se a membrana peritoneal(diálise peritoneal).
  • Drenos: Tubos colocados em feridas operatórias ou cavidades, para drenagens de hematomas e outros líquidos orgânicos.
  • Encoprese: Transtorno caracterizado por emissão fecal repetida, involuntária ou voluntária, habitualmente de consistência normal ou quase normal, em locais inapropriados a este propósito, conforme o contexto sócio cultural do paciente. Pode ser uma persistência anormal da incontinência infantil normal, ou perda de continência após a aquisição do controle intestinal, ou ainda de emissão fecal deliberada em locais não apropriados a despeito de um controle esfincteriano normal.
  • A encoprese pode constituir um transtorno isolado, ou fazer parte de um outro transtorno, um transtorno emocional, ou transtorno de conduta. Assim deve-se investigar 3 situações: – Encoprese funcional,  psicogênica e diferenciar com incontinência fecal de origem orgânica.
  • Equipe multidisciplinar: Reunião de diferentes profissionais (médico, enfermeiro, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, fonoaudiólogo,etc…) com objetivo comum na recuperação de pacientes graves.
  • Escaras: São feridas que surgem em pacientes graves, principalmente nas regiões sacral, quadril e tornozelos, decorrentes do comprometimento da circulação local. Várias estratégias de prevenção são implementadas, como: mudanças de decúbito, utilização de cremes e medicamentos, uso de colchões especiais, porém infelizmente é complicação que pode surgir nos pacientes com internação prolongada.
  • F.A.: Fibrilação Atrial, é uma arritmia (irregularidade no batimento do coração), que pode ser aguda ou crônica. Em sendo aguda, deve ser revertida na maioria dos casos. No caso das crônicas, geralmente o paciente convive bem com a arritmia, estando, na maioria das vezes, contra-indicada sua reversão.
  • Fisioterapeuta: Profissional responsável pela reabilitação de órgãos e sistemas que sofreram grave disfunção. Na UTI geralmente realizam-se fisioterapia motora e respiratória.
  • Fisioterapia respiratória: Conjunto de procedimentos e manobras executados para manter a integridade das vias aéreas e pulmão, além de participar ativamente na ventilação mecânica e desmame da mesma.
  • Gasometria Arterial:  é um exame de sangue, que pode ser colhido em artéria (gasometria arterial) ou veia, (central (próxima do coração) ou periférica (nos membros) (gasometria venosa)). Tem por objetivo revelar valores da pressão parcial de gás carbônico e oxigênio, revelar o pH do sangue (que indicará a acidez ou alcalinidade do mesmo) e o valor do Bicarbonato, uma importante substância do sistema de regulação da acidez e alcalinidade do nosso corpo. Informa também o valor da Saturação da Oxi-hemoglobina: ou seja, quanto a hemoglobina, que é uma molécula que carrega o oxigênio pelo sangue até as células, está ligada a ele ou não. É exame básico e fundamental para uma unidade de terapia intensiva.
  • Infecção Generalizada – ver sepse/choque séptico
  • Infecção Hospitalar: Termo utilizado para descrever as infecções adquiridas depois de determinado tempo de internação no hospital. Na UTI além do fato de os pacientes serem graves, apresentando comprometimento de sua resposta imunológica,existe a necessidade de procedimentos médico-cirúrgicos,que apesar de beneficiarem os pacientes aumentam o risco de infecção. 
  • Apesar dos cuidados e medidas de prevenção instituidas, estes pacientes estão sob risco maior de infecções por conta da gravidade de sua doença e maior necessidade de intervenções terapêuticas.
  • Intensivista: Médico com especialização em terapia intensiva(medicina intensiva), capacitado para o tratamento de doenças agudas ou crônicas, que levem a grave disfunção dos principais órgãos e/ou sistemas do corpo humano.
  • Intra-cath: ver “Cateter Venoso Central”
  • Intubação: Passagem de tubo endotraqueal através da boca ou narina, até a traquéia, para garantir a permeabilidade das vias aéreas e utilização de ventilação artificial(ver respirador mecânico).
  • Isolamento: leitos especiais em que são colocados pacientes com bactérias resistentes a um grande número de antibióticos, para evitar a disseminação destas bactérias.
  • Manutenção Hemodinâmica: vide Suporte Hemodinâmico.
  • Marca-passo: Equipamento responsável pela geração de estímulo elétrico artificial para o coração.
  • Medicina intensiva: Especialidade médica e de enfermagem que promove cuidados aos pacientes diante de agressões ou doenças graves com risco de vida imediato.
  • Médico assistente: É o médico primário do paciente, que o acompanha durante a internação na UTI, participando das principais decisões. Por exemplo, o cirurgião cardíaco responsável pela colocação da ponte de safena, antes da transferência do paciente para UTI.
  • Monitor: Equipamento utilizado para o acompanhamento de funções vitais. Evoluíram bastante integrando várias funções no mesmo equipamento; Eletrocardiograma (batidas do coração), pressão arterial, oximetria periférica
  • Morte encefálica ou cerebral: Disfunção neurológica irreversível com perda total da atividade cerebral.
  • Nutrição enteral: Alimento administrado ao paciente geralmente através de sondas colocadas no estômago ou intestino delgado.
  • Nutrição parenteral: Alimento administrado diretamente na veia, e que por conter os nutrientes básicos (proteínas, gorduras e carbohidratos), não necessita de digestão.
  • Oximetria: Medida da concentração de oxigênio no sangue, habitualmente na UTI é realizada continuamente de forma contínua sem invadir o organismo, com a colocação de um eletrodo na ponta dos dedos (oximetria periférica).
  • Pressão arterial média invasiva: é aquela medida através da inserção de um cateter em alguma artéria periférica do corpo humano, num sistema ligado a um computador que recebe os dados e os coloca na tela continuamente, para ser observado. Também transforma-se numa via de acesso para coleta de sangue sem ser necessário ficar obtendo novo acesso a cada coleta, poupando o paciente deste incômodo.
  • Politraumatizado, politraumatismo : condição em geral decorrente de acidentes com trauma direto de varias regiões e aparelhos do corpo, com evolução grave e instável; é freqüente haver coma quando existe traumatismo cranio-encefálico grave. Geralmente o paciente é operado de emergência.
  • Psicólogo: Profissional responsável pelo acompanhamento dos pacientes conscientes, oferecendo apoio psicológico aos mesmos e familiares. Constitui intercâmbio entre a família e a equipe da UTI.
  • PVC – Pressão Venosa Central – É uma pressão medida geralmente na veia cava (já bem próximo ao coração), através da inserção de um cateter de veia central (ver intra-cath).
  • Ajuda o médico a compreender melhor sobre o estado do sistema circulatório do paciente.
  • Reanimação cardiopulmonar: Conjunto de manobras realizadas para garantir a circulação de órgãos nobres (coração e cérebro), quando ocorre parada cardíaca súbita e inesperada.
  • Recuperação Pós-Anestésica: Setor integrante do Centro Cirúrgico, para onde são encaminhados os pacientes após procedimento anestésico, para serem observados em suas condições vitais (respiração espontânea, pulso e pressão arterial, dentre outros) a fim de confirmar que as mesmas se mantém em níveis seguros para então serem transferidos ao quarto ou enfermaria, e darem continuidade à sua recuperação. Durante sua estada na unidade de recuperação pós-anestésica, ficarão sob cuidados médicos (anestesista) e de enfermagem, que julgarão, frente ao quadro clínico e laboratorial apresentado pelo paciente, qual o melhor momento para o mesmo ser encaminhado ao quarto ou, se necessário, tomarão as condutas pertinentes para reverterem eventuais alterações até a estabilização do paciente.
  • Caso não haja necessidade de reintervenção cirúrgica, e o paciente não recupere as condições vitais adequadas para ir ao quarto / enfermaria, a despeito das condutas realizadas, o mesmo poderá ser transferido à unidade de terapia intensiva onde continuará recebendo suporte à vida e condutas médicas, visando o restabelecimento e equilíbrio de suas funções vitais e a possível alta para o quarto / enfermaria.
  • Respirador mecânico ou artifical: Ver Ventilador Pulmonar.
  • S.A.R.A: é uma entidade causada por inúmeras doenças ou situações clínicas, que acabam por gerar uma agressão ao tecido pulmonar. Devido a esta agressão, ocorre uma resposta inflamatória aguda e há acúmulo de líquidos nos alvéolos (edema), prejudicando de forma importante a troca de oxigênio e, em estágios avançados, a retirada do gás carbônico do organismo.
    O tratamento atual inclui, na quase totalidade dos casos, necessidade de intubação (ou traqueostomia em determinadas situações) e de ventilação artificial, a fim de utilizar-se de estratégias que otimizem a troca de gases e permitam ao organismo receber tratamentos para a(s) doença(s) que causaram a SARA, enquanto, ao mesmo tempo, objetiva-se que o pulmão recupere sua capacidade de troca gasosa.
  • A despeito de toda pesquisa (muito extensa) em todo mundo e da tecnologia avançada atualmente disponível, a SARA tem ainda uma elevada porcentagem de casos que evoluem desfavoravelmente (óbito), de 35 a 60%, variando a depender da causa da SARA e das doenças associadas pré-existentes.
  • Sedação: Medicamentos utilizados para tornar o paciente inconsciente (ver coma induzido), propiciando maior conforto em fases do tratamento em que o estado de vigília (alerta) é desnecessário.
  • Sepse/choque séptico: Infecção que provoca uma inflamação generalizada, levando a disfunção cardiopulmonar, dos vasos sanguíneos e celular.
  • Síndrome de disfunção dos múltiplos órgãos e sistemas: Condição clínica associada a grave lesão orgânica, que, quando não revertida progride para a morte.
  • Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (S.D.R.A): vide S.A.R.A (Sd. da Angústia Respiratória do Adulto).
  • Sondas: Geralmente de PVC ou outros materiais, são introduzidas em diferentes orifícios (vesical, na bexiga, nasogástrica, no estômago e etc) para permitir a drenagem de líquidos orgânicos, ou algumas vezes infusão de soluções ou medicamentos.
  • Suporte Hemodinâmico: expressão que significa o controle das condições do sistema circulatório do paciente (vigiar e manter em valores adequados a pressão arterial, a pulsação, a produção de urina, a oferta de nutrientes e oxigênio ao organismo, bem como sua utilização pelo mesmo), visando com isso que o paciente tenha condição de se recuperar da causa que o levou a alteração de sua “condição hemodinâmica” habitual (ou normal).
  • Traqueostomia : Procedimento cirúrgico realizado com pequena incisão na traquéia para retirar cânula de intubação orotraqueal (tubo na boca) e colocar uma pequena cânula nessa incisão. Isto é realizado para proporcionar maior conforto nos pacientes que se encontram com desmame difícil da ventilação ou com quadro neurológico sem a percepção de desmame precoce da ventilação. Além do conforto, diminui a incidência de lesões na faringe e cordas vocais.
  • Traumatismo craniano, TCE , traumatismo cranio-encefálico: lesão das estruturas do cérebro decorrente de acidentes, com edema (inchaço) ou formação de coágulos ,exigindo freqüentemente cirurgia de emergência e/ou coma induzido.
  • Tubo endotraqueal: Cânula introduzida através da boca ou narina, até a traquéia para permitir a passagem do ar até os pulmões.
  • Unidade de Terapia Intensiva – UTI: Local do hospital com estrutura e pessoal especializado para o cuidado de pacientes com lesões ou doenças graves, com possibilidade de recuperação.
  • UTI coronariana: unidade de cuidado médico intensivo especializada em doenças do coração, principalmente aquelas decorrentes de deficiência de circulação coronariana (Infarto e angina instável, por exemplo). Pode receber também pacientes após o tratamento cirúrgico/hemodinâmico da insuficiência coronariana.
  • Ventilador Pulmonar: Também conhecido com Ventilador Mecânico, e muitas vezes chamado equivocadamente de respirador mecânico ou artificial, é o aparelho responsável por manter a ventilação pulmonar, propiciando ao organismo condições para que possa manter as trocas gasosas ( = respiração, esta feita pelo paciente e não pela máquina).
    A maioria desses aparelhos permitem otimizar, além da ventilação, a troca gasosa, através de estratégias ventilatórias adequadas para esse fim.
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