Última atualização: 20/05/2025
No coração da história da enfermagem brasileira brilha um nome com força, coragem e compaixão: Ana Justina Ferreira Néri, conhecida como Ana Néri. Nascida em 20 de maio de 1814, em Cachoeira, na Bahia, ela é considerada a primeira enfermeira brasileira. Sua trajetória de vida se tornou um marco de dedicação ao próximo, e sua história inspira até hoje milhares de profissionais da saúde.
Ana Néri não era enfermeira por formação — não existiam escolas de enfermagem no Brasil em sua época. Ela era mãe, mulher e cidadã comum. Mas sua vida mudou radicalmente com a eclosão da Guerra do Paraguai (1864–1870), quando seus filhos foram convocados para o exército. Movida pelo amor materno e por um forte senso de humanidade, Ana se ofereceu como voluntária para acompanhar os batalhões e cuidar dos feridos em campo de batalha.
Durante os anos de guerra, ela prestou assistência a soldados brasileiros e paraguaios, montou enfermarias, cuidou de feridos com recursos escassos e ofereceu conforto onde havia apenas dor. Sua atuação foi tão marcante que, ao fim do conflito, Ana Néri foi condecorada e reconhecida oficialmente pelo governo imperial — algo extremamente raro para uma mulher na época.
Ana Néri e o Dia do Técnico e Auxiliar de Enfermagem – 20 de Maio
O Dia do Técnico e do Auxiliar de Enfermagem, celebrado em 20 de maio, foi escolhido em homenagem ao nascimento de Ana Néri. A data representa não apenas o legado dessa mulher extraordinária, mas também a valorização de todos os profissionais que, assim como ela, dedicam suas vidas a cuidar do outro.
Os técnicos e auxiliares de enfermagem seguem os passos de Ana Néri todos os dias, em hospitais, clínicas, postos de saúde e nas casas das pessoas. Com conhecimento técnico, empatia e humanidade, eles são os pilares invisíveis do cuidado em saúde. São profissionais que atuam com o coração nas mãos, muitas vezes enfrentando jornadas exaustivas, mas sem nunca deixar de acolher com respeito e dignidade.
Celebrar o 20 de maio é reconhecer que, por trás de cada seringa, curativo ou gesto técnico, existe uma alma dedicada à vida — como foi Ana Néri.
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