Anvisa interdita 47 pomadas capilares e alerta consumidores sobre riscos à saúde

Última atualização: 02/03/2025

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a proibição da comercialização de 47 pomadas capilares utilizadas para modelar e fixar penteados. A decisão, que já está em vigor e foi publicada no Diário Oficial da União, integra um conjunto de ações regulatórias adotadas pelo órgão nos últimos anos para aumentar o controle sobre esses produtos. A interdição acontece em meio a um número crescente de relatos de reações adversas, especialmente em relação a problemas oculares graves após o uso dessas pomadas. A Anvisa enfatiza que a medida tem como objetivo garantir a segurança dos consumidores e evitar novos incidentes.

Regulamentação mais rigorosa para produtos capilares

Nos últimos dois anos, a agência intensificou a fiscalização sobre cosméticos para cabelos, especialmente aqueles que utilizam fórmulas químicas potencialmente prejudiciais. Como parte desse esforço, cerca de 1.500 pomadas já tiveram suas autorizações canceladas, e novas normas foram implementadas para exigir maior rigor no controle de qualidade dos produtos.

Com a recente proibição, marcas que antes possuíam liberação para comercializar essas pomadas agora estão impedidas de colocá-las no mercado nacional.

Por que as pomadas foram proibidas?

A decisão da Anvisa se baseia na constatação de que diversas pomadas disponíveis no mercado não atendiam aos novos padrões de segurança estabelecidos desde 2023. Até então, esses produtos podiam ser registrados por meio de um processo simplificado de notificação, o que permitia a venda sem necessidade de apresentar estudos aprofundados sobre sua composição e efeitos colaterais.

No entanto, com a mudança regulatória, as empresas foram obrigadas a submeter documentação detalhada, incluindo licenças sanitárias, informações sobre a fórmula e uma declaração atestando a segurança do produto. Como muitas fabricantes não se adequaram até o prazo estipulado, que expirou em dezembro do último ano, suas autorizações foram revogadas.

Efeitos adversos e riscos à saúde

A preocupação da Anvisa com os produtos interditados tem como principal justificativa os relatos de danos à saúde dos usuários, principalmente reações oculares severas. De acordo com o órgão, a utilização de algumas pomadas pode desencadear irritação nos olhos, vermelhidão, dor intensa e até mesmo prejuízos temporários à visão. Essas ocorrências tendem a se intensificar durante períodos como o Carnaval, quando o uso de pomadas capilares é mais frequente, principalmente em penteados que necessitam de alta fixação.

Diante desse cenário, a Anvisa reforça a importância de optar exclusivamente por pomadas devidamente registradas e certificadas pelo órgão. Além disso, recomenda que os consumidores evitem o uso excessivo desses produtos e fiquem atentos para evitar o contato com os olhos, especialmente em situações que favorecem o escorrimento da substância, como em ambientes úmidos ou aquáticos.

O que fazer em caso de reação adversa?

Caso ocorra contato acidental da pomada com os olhos, a recomendação imediata é lavar a região com água corrente por pelo menos 15 minutos. Se houver sintomas como dor persistente, irritação intensa, inchaço ou alterações na visão, é essencial procurar um médico imediatamente. A Anvisa também incentiva os consumidores a denunciarem qualquer produto suspeito ou irregular aos órgãos competentes, como a Vigilância Sanitária local.

A agência reforça seu compromisso com a fiscalização contínua do mercado de cosméticos, assegurando que apenas produtos seguros e devidamente regulamentados sejam disponibilizados aos consumidores brasileiros. Veja também Shampoo proibido pela Anvisa gera alerta sobre riscos à saúde.

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