Última atualização: 09/06/2025
A luta contra a balança nunca foi tão tecnológica quanto agora. O Brasil já conta com uma nova geração de medicamentos aplicados via canetas injetáveis que prometem revolucionar o tratamento da obesidade e da diabetes tipo 2. Mounjaro, Ozempic e Wegovy são os nomes da vez — e vêm ganhando cada vez mais destaque entre quem quer perder peso de forma mais controlada e supervisionada por médicos. Mas afinal, o que são essas tais “canetas”? Como funcionam? E qual é a diferença entre elas? Bora entender tudo direitinho.
O que são essas canetas e como elas atuam no corpo
Essas canetas funcionam com substâncias que imitam hormônios naturais do nosso corpo, como o GLP-1, GIP e até o GCG, dependendo do remédio. O objetivo é simples: enganar o cérebro e fazer com que o corpo sinta menos fome. E não é papo de “promessa milagrosa” — a ciência por trás é real e aprovada pela Anvisa.
A semaglutida (encontrada no Ozempic e no Wegovy) e a liraglutida (presente no Saxenda e no Victoza) já vinham sendo usadas há um tempo. Ambas ajudam a reduzir o apetite, promovem saciedade e, de quebra, controlam os níveis de glicose no sangue. Agora, o Mounjaro chegou com um algo a mais: a tirzepatida, uma substância que simula dois hormônios ao mesmo tempo — GLP-1 e GIP —, o que resulta em uma perda de peso ainda mais significativa.
Novidade na área: o Mounjaro chega com tudo
A Anvisa liberou recentemente o uso do Mounjaro aqui no Brasil, inicialmente aprovado para tratar a diabetes tipo 2. Mas os estudos mostraram que ele também pode ter um baita efeito sobre a perda de peso: em alguns casos, os pacientes chegaram a perder até 24% do peso corporal em um ano.
Por enquanto, o Mounjaro ainda não está amplamente disponível nas farmácias brasileiras, porque a demanda mundial está altíssima. Mas ele já se junta a uma lista respeitável de opções para quem busca tratamento com canetas.
A lista das canetas já liberadas no Brasil
Se você ficou curioso ou curiosa pra saber quais são todas essas canetas, aqui vai um resumão dos nomes que já estão no mercado:
- Ozempic® – semaglutida (uso semanal)
- Wegovy® – semaglutida (uso semanal, com foco em obesidade)
- Saxenda® – liraglutida (uso diário)
- Victoza® – liraglutida (uso diário)
- Trulicity® – dulaglutida (uso semanal)
- Mounjaro® – tirzepatida (uso semanal)
- Rybelsus® – semaglutida em comprimidos (versão oral)
- Soliqua® e Xultophy® – combinações com insulina, indicadas para diabetes tipo 2
- Povitztra® – semaglutida (ainda em introdução no Brasil)
E o futuro? A aposta é na retratutida
E se você acha que já vimos tudo, ainda tem mais vindo aí. A retratutida, substância ainda em testes, pode ser a próxima grande sensação. Nos primeiros estudos, mostrou resultados impressionantes: redução de até 25% do peso corporal.
Ela age simulando três hormônios ao mesmo tempo (GLP-1, GIP e GCG) e tem potencial até para superar o Mounjaro. A expectativa é que ela esteja disponível a partir de 2026.
Atenção: não é mágica, é tratamento
Apesar de todos esses medicamentos parecerem uma solução milagrosa, vale lembrar: eles não são indicados para todo mundo e precisam ser prescritos por um profissional da saúde. Além disso, o uso deve ser acompanhado de mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada e atividade física.
Ou seja, a caneta pode até ajudar bastante, mas ela sozinha não faz milagre. Com orientação médica e disciplina, sim, ela pode ser um divisor de águas no combate à obesidade. Ver também Casamento inesperado: noiva internada dois dias antes da cerimônia diz “sim” no hospital e emociona equipe de enfermagem.