Última atualização: 21/01/2025
ESPECIAL: Em uma decisão que sacudiu o cenário internacional, o presidente Donald Trump, agora em seu segundo mandato, anunciou em janeiro de 2025 a saída oficial dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS). A medida marca um momento crítico para a saúde pública global, considerando que os EUA são historicamente o maior contribuinte financeiro da organização. A justificativa de Trump? Ele acusou a OMS de ser ineficiente, politicamente enviesada e excessivamente influenciada pela China.
O anúncio e as motivações de Trump
Em um discurso direto, realizado em um evento na Casa Branca, Trump criticou severamente a atuação da OMS ao longo dos anos. Ele afirmou que a organização falhou em sua missão de garantir a saúde global, mencionando episódios específicos em que, segundo ele, a entidade teria priorizado interesses políticos em detrimento de ações efetivas.
“A OMS, como está hoje, não representa os interesses dos Estados Unidos nem da comunidade global. Por décadas, financiamos a maior parte de suas operações, enquanto outros países contribuíram muito pouco. Essa organização precisa de uma reforma completa para recuperar sua credibilidade e utilidade”, declarou Trump.
O presidente também mencionou que a relação da OMS com a China é motivo de preocupação. Ele reforçou acusações de que a organização teria sido conivente com a falta de transparência chinesa em situações críticas, como a resposta inicial à pandemia de COVID-19 e a gestão de surtos regionais posteriores. Para Trump, essa postura prejudica a capacidade da entidade de atuar de maneira justa e eficaz.
O impacto financeiro e político da saída
A decisão dos Estados Unidos de deixar a OMS representa um corte significativo no financiamento da organização. Até então, os EUA contribuíam com cerca de 15% do orçamento total da entidade, destinando bilhões de dólares a programas de combate a doenças infecciosas, campanhas de vacinação e pesquisas para o desenvolvimento de novos tratamentos.
Entre os programas mais afetados, destacam-se:
- Erradicação da poliomielite em países vulneráveis.
- Distribuição de medicamentos essenciais para o tratamento de HIV/AIDS, tuberculose e malária.
- Fortalecimento de sistemas de saúde em regiões subdesenvolvidas.
A retirada do apoio financeiro dos EUA levanta dúvidas sobre a continuidade de projetos vitais para milhões de pessoas, especialmente em nações de baixa renda. Além disso, especialistas alertam que o movimento pode abrir espaço para que outras potências, como a China, assumam maior protagonismo na liderança da saúde global.
Críticas e repercussões globais
A decisão de Trump foi recebida com críticas contundentes dentro e fora dos Estados Unidos. Parlamentares democratas classificaram a medida como irresponsável e perigosa, destacando que abandonar a OMS enfraquece a capacidade do país de influenciar políticas globais de saúde e deixa o mundo mais vulnerável a crises sanitárias.
“No momento em que o mundo mais precisa de colaboração internacional, os Estados Unidos estão escolhendo se isolar. Isso coloca vidas em risco e reduz nossa liderança global”, afirmou um membro da oposição no Congresso.
A comunidade internacional também expressou preocupações. Líderes de países europeus e organizações de saúde pediram reconsideração, destacando a importância da cooperação em tempos de incertezas globais. A própria OMS emitiu um comunicado lamentando a decisão e reiterando seu compromisso com a saúde pública.
“A saída dos Estados Unidos é uma perda significativa, mas continuaremos nossa missão de proteger e promover a saúde para todos”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
O retorno das velhas estratégias de Trump
A medida reflete a abordagem característica de Trump, que busca reduzir o papel dos Estados Unidos em organismos multilaterais. Em seu primeiro mandato, Trump já havia retirado o país de outros acordos e instituições internacionais, como o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e o Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Essa estratégia, muitas vezes vista como uma tentativa de priorizar interesses nacionais sobre responsabilidades globais, é amplamente criticada por seu impacto na diplomacia e na liderança global americana. No entanto, para os apoiadores de Trump, a saída da OMS é um passo necessário para evitar que os EUA continuem arcando com a maior parte do financiamento de instituições que, segundo eles, não retornam benefícios proporcionais ao país.
A preocupação dos profissionais de saúde
Enquanto o cenário político se desenrola, os profissionais de saúde ao redor do mundo estão alarmados. A saída dos EUA da OMS representa não apenas uma redução de recursos financeiros, mas também um enfraquecimento da estrutura global de saúde.
Especialistas alertam que, sem o apoio americano, programas cruciais podem ser descontinuados, incluindo:
- Monitoramento e resposta a surtos de novas doenças infecciosas.
- Campanhas de vacinação em massa, especialmente em regiões carentes.
- Pesquisa para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos essenciais.
Nos países mais pobres, a perda desses programas pode ser devastadora, resultando em aumento de mortalidade e agravamento de epidemias locais. Líderes de saúde pública também enfatizam que uma OMS enfraquecida pode comprometer a resposta a futuras pandemias, deixando o mundo mais vulnerável a crises sanitárias.
A própria OMS reconhece os desafios à frente e já iniciou esforços para buscar financiamento alternativo. No entanto, as incertezas permanecem, e o impacto total da decisão dos EUA ainda é difícil de mensurar.
A saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde é uma decisão que pode mudar profundamente o cenário da saúde global. Enquanto Trump reforça que a medida é uma forma de proteger os interesses americanos, as consequências já começam a ser sentidas em várias partes do mundo.
No centro de toda essa polêmica, permanece a preocupação de especialistas e líderes globais: como garantir a saúde pública em um mundo cada vez mais dividido? Ver OMS perde maior financiador com saída dos Estados Unidos após determinação de Trump.