Estado do Rio de Janeiro registra 810 casos de Dengue nas primeiras semanas de 2025

Última atualização: 16/01/2025

No início de 2025, o estado do Rio de Janeiro já contabiliza 810 casos prováveis de dengue, segundo dados fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde. Os registros compreendem o período de 29 de dezembro de 2024 a 14 de janeiro de 2025, e o número representa um aumento de 16,72% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 694 casos. A secretária estadual de Saúde, Claudia Mello, alerta que o crescimento acende um sinal de preocupação para a necessidade de reforço nas medidas de prevenção à doença.

“Vivemos uma grande epidemia de dengue em 2024, que começou já no início do ano, tornando aquele período atípico. Precisamos aprender com essa experiência e intensificar as ações preventivas”, destacou Mello.

Dengue tipo 3 retorna ao Estado

A confirmação do primeiro caso de dengue tipo 3 em 2025 trouxe uma nova camada de preocupação às autoridades sanitárias. O diagnóstico foi realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) em uma paciente de 60 anos residente no município do Rio de Janeiro. Esse sorotipo específico não circulava de forma predominante no estado desde 2007. No entanto, dois casos isolados foram reportados em 2024, nas cidades de Paraty e Maricá.

Especialistas alertam que a ausência prolongada do sorotipo 3 cria um cenário de maior vulnerabilidade, já que boa parte da população nunca teve contato com esse tipo de vírus e, portanto, não possui imunidade natural. Os sintomas são semelhantes aos de outros sorotipos, incluindo febre alta, dores no corpo e articulações, náuseas, vômitos, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Ver Diferença de Dengue, Chikungunya e Zika.

Prevenção e combate ao mosquito

A Secretaria de Saúde intensificará as ações de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor responsável pela transmissão da dengue. A campanha “Contra a dengue todo dia” integra o Plano de Contingência para Enfrentamento às Arboviroses e orienta os 92 municípios do estado com estratégias de prevenção.

As recomendações incluem a eliminação de focos de água parada em recipientes como pneus, latas, garrafas e caixas d’água destampadas. A conscientização sobre a importância de vistorias semanais nas residências e espaços públicos permanece como uma das principais armas no combate à dengue.

Aumentar a vigilância epidemiológica e a adesão da população às medidas preventivas são passos cruciais para evitar uma nova crise de saúde pública semelhante à vivida em 2024, quando foram registrados mais de 300 mil casos prováveis e 232 óbitos no estado.

Perspectivas e desafios

As mudanças climáticas e a expansão das áreas de risco reforçam a necessidade de políticas públicas robustas e contínuas. Segundo especialistas, a proliferação de doenças transmitidas por mosquitos pode ser exacerbada por verões cada vez mais longos e chuvas intensas.

As autoridades reiteram que, além de esforços governamentais, o engajamento comunitário é fundamental para a contenção da dengue e outras arboviroses, prevenindo surtos e salvando vidas.

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