Homem que matou a tia e arrancou o coração dela deixa hospital psiquiátrico em MT

Última atualização: 24/06/2025

Um caso brutal que chocou o país voltou a ganhar repercussão nesta terça-feira (24), depois que veio à tona a notícia de que Lumar Costa da Silva, o homem que matou a própria tia com requintes de crueldade, foi liberado do hospital psiquiátrico onde estava internado desde 2019. Ele havia sido absolvido por problemas mentais e cumpria medida de segurança após matar Maria Zélia da Silva, de 55 anos, em Sorriso (MT), e entregar o coração dela à própria filha. Agora, com a liberação judicial, Lumar será transferido para um acompanhamento ambulatorial em São Paulo, o que tem deixado a família da vítima em total estado de pânico.

Justiça autorizou saída com restrições

A decisão que autorizou a saída de Lumar do hospital psiquiátrico foi assinada pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá. O magistrado se baseou em laudos médicos que indicam que o paciente está clinicamente estável e não necessita mais de internação.

Apesar disso, ele terá que seguir uma rotina rígida de acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Campinas (SP), com atendimento psiquiátrico intensivo e por tempo indeterminado. Também terá que ser acompanhado por uma equipe multiprofissional e um responsável legal.

Liberdade com vigilância e várias proibições

Mesmo fora do hospital, Lumar não está livre como qualquer cidadão. Ele está proibido de sair da cidade sem autorização da Justiça e não pode frequentar bares, prostíbulos ou locais com jogos de azar. Além disso, está vetado o uso de bebidas alcoólicas e qualquer tipo de droga ilícita.

A notícia da liberação caiu como uma bomba na família da vítima. Patrícia Cosmo, filha de Maria Zélia, disse estar em choque e com medo. “Eu não sei nem o que pensar. É muito difícil saber que ele vai estar por aí, enquanto minha mãe foi tirada de mim da pior forma possível. Ele destruiu nossa família. É medo, é angústia, é terror. Acabou nossa paz”, desabafou ela em entrevista à Rádio Capital FM.

Relembre o crime brutal

O caso aconteceu em julho de 2019. Lumar havia se mudado para a casa da tia, depois de tentar matar a própria mãe. No entanto, após ser flagrado usando drogas dentro de casa, Maria Zélia decidiu colocá-lo para morar em uma quitinete. Poucos dias depois, ele atacou a tia a facadas, abriu o peito dela e arrancou o coração, que foi entregue para a filha da vítima — sua prima. Um crime que até hoje causa espanto.

Após a prisão, Lumar passou por diversos exames psiquiátricos que diagnosticaram transtorno afetivo bipolar, impulsividade grave, perda de juízo crítico e agressividade. Em 2022, foi considerado inimputável pela Justiça, ou seja, incapaz de responder pelos seus atos, e foi absolvido. No entanto, foi sentenciado à internação por tempo indeterminado por representar risco à sociedade.

Uso de drogas agravava seu estado

O próprio Lumar confessou ser usuário de LSD, o que, segundo especialistas, potencializa ainda mais os riscos de surtos psicóticos e comportamentos violentos em quem já possui transtornos psiquiátricos. Isso pesou nas avaliações médicas que determinaram a necessidade de internação imediata à época.

Com a soltura do agressor, a sensação de insegurança voltou a rondar a família da vítima. A filha da mulher assassinada diz que vai buscar proteção legal, mas, até o momento, o medo é o sentimento dominante. “Ele saiu, mas a gente continua presa nesse trauma”, afirmou. Ver também Técnico de enfermagem é brutalmente espancado até a morte em praia no Sul do Espírito Santo.

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