Última atualização: 31/01/2025
Na última quarta-feira (29), um caso de violência chocou moradores do Rio de Janeiro e gerou grande repercussão nas redes sociais. A senhora Maria de Fátima Silva Pires, de 68 anos, foi brutalmente agredida por um motorista de aplicativo ao entrar no condomínio onde reside, em Copacabana, Zona Sul da cidade. O ataque, registrado por câmeras de segurança, mostra a idosa sendo violentamente chutada nas costas pelo agressor, caindo no chão e sofrendo ferimentos.
O que aconteceu?
A idosa voltava para casa após uma consulta médica relacionada a um quadro de pneumonia. Durante o trajeto, Maria de Fátima decidiu comer um biscoito dentro do veículo. Ao chegar ao seu destino e desembarcar do carro, o motorista demonstrou irritação e ordenou que ela limpasse o banco do veículo. Segundo o depoimento da vítima, a abordagem agressiva a deixou surpresa, fazendo com que ela simplesmente ignorasse a exigência e seguisse para o portão do prédio.
Foi nesse momento que o motorista, sem qualquer aviso, correu em direção à idosa e lhe desferiu um forte chute nas costas, jogando-a ao chão. As câmeras de segurança do condomínio capturaram toda a cena da agressão.
“Eu vim comendo um biscoitinho. Quando parou no prédio, ele disse assim para mim: ‘Agora, você vai limpar o banco’. Nisso, eu fiquei impactada e não respondi. Eu saí e o que que aconteceu: ele correu atrás de mim, me deu um chute nas costas e me jogou no chão. Eu já sou uma senhora e estou com meu lado direito comprometido, com muita dor.” – relatou Maria de Fátima em entrevista à imprensa.
Após o ataque, a idosa precisou da ajuda do porteiro do prédio para se levantar. O agressor, por sua vez, fugiu do local imediatamente.
Consequências físicas da agressão
A idosa sofreu ferimentos no lado direito do corpo, apresentando dores intensas, hematomas e dificuldades para se locomover. Na sexta-feira (31), Maria de Fátima compareceu ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização do exame de corpo de delito, que constatou:
- Lesões na coxa direita;
- Arrancamento de pele no cotovelo direito;
- Dores intensas na coluna e no quadril.
A equipe médica recomendou exames complementares para avaliar possíveis fraturas, o que pode agravar a tipificação do crime cometido pelo agressor.
Identificação do Motorista e Medidas Legais
A Polícia Civil do Rio de Janeiro já identificou o motorista responsável pelo ataque e o intimará a prestar depoimento nos próximos dias. O caso foi registrado na 12ª DP (Copacabana) como lesão corporal e pode ter sua gravidade aumentada caso exames complementares confirmem sequelas mais graves na vítima.
A empresa Uber, responsável pelo transporte da idosa, emitiu uma nota oficial repudiando o ocorrido e informando que o agressor foi banido permanentemente da plataforma.
“Consideramos inaceitável qualquer tipo de violência em nossa plataforma. O motorista já foi desativado e estamos colaborando com as autoridades para que o caso seja esclarecido.” – disse a empresa em comunicado oficial.
A Uber também ressaltou que oferece seguro para passageiros e motoristas durante as viagens e está à disposição da vítima para prestar assistência.
Repercussão e indignação popular
O caso rapidamente ganhou notoriedade nas redes sociais, gerando uma onda de indignação e pedidos por justiça. Diversas figuras públicas e defensores dos direitos humanos manifestaram apoio à vítima, cobrando punição exemplar para o agressor.
Especialistas em segurança pública alertam para a necessidade de protocolos mais rigorosos de verificação de motoristas de aplicativos, garantindo que apenas pessoas sem histórico de violência possam atuar na área.
Idosa faz apelo para que agressor seja punido
Abalada pelo ataque, Maria de Fátima reforçou seu apelo para que a justiça seja feita e que mulheres e idosos não tenham medo de denunciar casos de violência.
“Eu poderia ter morrido. Se eu bato com a cabeça no chão, quem estaria falando por mim agora? Espero que esse homem seja punido, porque não é possível que alguém faça isso com uma senhora e fique impune.” – desabafou a vítima.
Ela também incentivou outras mulheres a denunciarem situações de agressão, reforçando que a impunidade não pode prevalecer.
Próximos passos
A Polícia Civil agora aguarda os laudos médicos para determinar a gravidade das lesões e definir as próximas ações contra o agressor. Dependendo do resultado dos exames, ele poderá responder por lesão corporal grave, crime com pena de até cinco anos de prisão.
Este caso levanta novos debates sobre a segurança em transportes por aplicativo, a proteção dos idosos e a necessidade de medidas mais severas contra a violência. Ver Enfermeira é agredida por família de bebê que chorava em atendimento.
📌 O que fazer em casos de agressão? Se você ou alguém que conhece for vítima de violência, denuncie! Você pode entrar em contato com os seguintes canais:
📞 Disque 190 – Polícia Militar (emergências)
📞 Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher
📞 Disque 100 – Direitos Humanos
Juntos, podemos combater a impunidade e garantir mais segurança para todos.