Maxtec: Empresa em destaque no setor de serviços hospitalares de São Luís

Última atualização: 19/12/2024

A Maxtec Serviços Gerais e Manutenção Industrial Ltda. é uma empresa com mais de duas décadas de atuação no mercado, especializada em limpeza hospitalar, gestão de resíduos sólidos e líquidos e fornecimento de mão de obra especializada para instituições de saúde. Com sede em São Luís, Maranhão, a Maxtec desempenha um papel crucial na operação e manutenção de diversas unidades de saúde na região, incluindo hospitais municipais, postos de saúde e outras instalações médicas.

A empresa administra o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) localizado na Vila Maranhão, consolidando-se como uma parceira estratégica para a gestão pública no atendimento às demandas do setor hospitalar. Entre seus contratos mais relevantes, estão os serviços prestados ao Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão II), Hospital da Criança e várias unidades mistas da capital maranhense.

Polêmicas e desafios enfrentados pela Maxtec

Apesar da sua importância no sistema de saúde local, a Maxtec tem sido alvo de controvérsias nos últimos anos, especialmente no que diz respeito à gestão de contratos e ao tratamento dos trabalhadores terceirizados. As principais críticas à empresa incluem atrasos frequentes nos pagamentos de salários e benefícios, como o vale-alimentação, gerando insatisfação entre os funcionários.

Esses problemas não são recentes. Desde 2021, a empresa firmou contratos milionários com a Prefeitura de São Luís, totalizando mais de R$ 86 milhões. Apesar disso, trabalhadores terceirizados relatam dificuldades recorrentes, como a falta de materiais básicos para realizar a limpeza nas unidades e insuficiência de mão de obra para atender à demanda crescente. Esses fatores têm gerado uma imagem de má gestão e levado a mobilizações trabalhistas em busca de melhores condições.

Possibilidade de greve geral

A situação chegou ao ápice nas vésperas do Natal de 2024, quando os trabalhadores terceirizados da Maxtec ameaçaram iniciar uma greve geral a partir de 20 de dezembro. A principal reivindicação dos funcionários é a regularização imediata dos salários atrasados e do vale-alimentação, atrasos que, segundo os trabalhadores, têm sido recorrentes ao longo do ano.

A insatisfação dos terceirizados é exacerbada pela proximidade das festividades de fim de ano, um período sensível para as famílias. “Todo mês é a mesma coisa, e a prefeitura não faz nada. Precisamos do nosso salário e do ticket de alimentação para sustentar nossas famílias”, desabafou um trabalhador. Outro reforçou o sentimento de indignação: “Trabalhamos dia e noite e recebemos esse tratamento desrespeitoso”.

Caso os pagamentos não sejam regularizados até 19 de dezembro, os trabalhadores prometem paralisar as atividades e realizar um protesto em frente à sede da Prefeitura de São Luís. Essa paralisação afetaria gravemente o funcionamento de unidades de saúde essenciais, como o Socorrão II e o Hospital da Criança, além de postos de saúde em bairros populosos como Cidade Olímpica e Coroadinho.

Reações e futuro incerto

A Prefeitura de São Luís, até o momento, não se posicionou oficialmente sobre a questão. Por outro lado, a Maxtec também não emitiu declarações públicas para esclarecer as acusações ou apresentar um plano de ação para resolver os atrasos de pagamento. No passado, a empresa alegou que os repasses da prefeitura estavam em dia, atribuindo os problemas financeiros a dificuldades internas de gestão.

A ameaça de greve evidencia um problema estrutural na relação entre empresas terceirizadas e gestão pública. Além de impactar diretamente os trabalhadores, que dependem de seus salários para o sustento familiar, a situação ameaça a qualidade dos serviços prestados à população. Com a saúde pública já sobrecarregada, uma paralisação de trabalhadores terceirizados pode resultar em colapso em hospitais e postos de saúde, comprometendo o atendimento a milhares de cidadãos.

Transparência e eficácia dos contratos públicos

O caso da Maxtec levanta questões sobre a transparência e eficácia dos contratos públicos com empresas terceirizadas. Problemas recorrentes de atrasos salariais e gestão de recursos demonstram a necessidade de fiscalização mais rigorosa e de políticas públicas que priorizem o bem-estar dos trabalhadores e a eficiência no uso dos recursos públicos.

Para os trabalhadores da Maxtec, a greve geral representa não apenas uma reivindicação por direitos, mas também um pedido de dignidade e respeito. Enquanto isso, a população de São Luís aguarda ansiosa por uma solução que evite mais prejuízos ao sistema de saúde já fragilizado.

Se a situação não for resolvida rapidamente, o cenário pode escalar, com protestos e a paralisação de serviços essenciais que impactarão diretamente o atendimento médico na capital. A resolução desse impasse é crucial para garantir que os trabalhadores recebam o que lhes é devido e que os cidadãos de São Luís possam contar com um sistema de saúde funcional e eficiente. Atrasos de pagamento levam terceirizados da Saúde em São Luís a ameaçarem greve

One comment

  1. O contrato da empresa Maxtec , para serviços de limpeza da Semus,foi renovado, valendo até 15 de dezembro de 2025. O prefeito Eduardo Braide havia prometido trocar a empresa devido aos constantes atrasos salariais, mas pelo visto já se acertou com dono. Lembrando que a empresa está a frente do serviço de limpeza da Semus desde a gestão Castelo.

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