Atrasos de pagamento levam terceirizados da Saúde em São Luís a ameaçarem greve

Última atualização: 19/12/2024

A crise financeira enfrentada pelos trabalhadores terceirizados da Saúde em São Luís ganhou contornos críticos às vésperas do Natal. Os funcionários da empresa Maxtec, responsável pela limpeza e manutenção de várias unidades de saúde na capital maranhense, ameaçam paralisar suas atividades de forma indefinida a partir de 20 de dezembro. O motivo? Constantes atrasos no pagamento de salários e benefícios essenciais, como o vale-alimentação.

A paralisação, caso confirmada, deverá afetar o funcionamento de hospitais como o Socorrão II, o Hospital da Criança e o Socorrinho do São Francisco, além de postos de saúde em bairros importantes como Anil, Cidade Olímpica e Coroadinho.

Impacto social e financeiro

Os trabalhadores, que já enfrentam dificuldades financeiras, expressaram revolta e preocupação com o futuro. “Todo mês essa palhaçada e a prefeitura não faz nada. Precisamos do nosso salário e do ticket de alimentação para sustentar nossas famílias“, desabafou um dos funcionários. Outro afirmou: “Trabalhamos dia e noite e recebemos esse tratamento desrespeitoso. Até os encarregados estão revoltados com a situação“.

Com o Natal se aproximando, o temor de passar as festas sem recursos básicos agrava a tensão. Para muitos, o atraso no pagamento significa não poder comprar presentes para os filhos ou mesmo garantir as ceias de fim de ano.

Acusações e falta de respostas

A empresa Maxtec tem sido alvo de críticas recorrentes por não repassar aos funcionários os valores que, segundo os trabalhadores, já foram pagos pela Prefeitura de São Luís. Até o momento, a gestão municipal não se posicionou oficialmente sobre o caso. Além disso, a empresa também não forneceu esclarecimentos à reportagem.

Promessa de mobilização

Caso os pagamentos não sejam regularizados até a noite de 19 de dezembro, os trabalhadores prometem cruzar os braços no dia seguinte e realizar um grande protesto em frente à sede da Prefeitura. A mobilização busca não apenas o pagamento dos salários atrasados, mas também o cumprimento integral das obrigações trabalhistas por parte da Maxtec.

Este é o segundo indicativo de greve dos terceirizados da Saúde em São Luís neste ano, refletindo uma gestão problemática dos contratos e da relação trabalhista entre a empresa, os funcionários e o poder público. A população, por sua vez, teme os impactos de mais uma paralisação no já sobrecarregado sistema de saúde da capital. Homens transexuais conquistam direito a mastectomia masculinizadora custeada por planos de saúde

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