Última atualização: 13/02/2025
A fiscalização no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, flagrou um passageiro transportando uma grande quantidade de medicamentos para emagrecimento de maneira irregular. O homem carregava mais de 30 canetas do remédio Mounjaro escondidas nas meias e na cueca. O medicamento, que tem alto valor no mercado e exige prescrição médica para importação, foi apreendido pela Receita Federal. O caso ocorreu em janeiro deste ano, mas as imagens do flagrante só foram divulgadas recentemente, trazendo à tona mais uma tentativa de burlar a fiscalização aeroportuária para a entrada de produtos controlados no país.
Tentativa de transporte irregular de medicamento importado
De acordo com informações da Receita Federal, a abordagem aconteceu durante uma operação de rotina no desembarque de um voo que chegava à capital cearense. O comportamento suspeito do passageiro chamou a atenção dos agentes, que decidiram revistá-lo mais detalhadamente.
Durante a inspeção, foi constatado que ele escondia dezenas de unidades do medicamento de uso injetável, que deve ser mantido refrigerado a uma temperatura de até 8ºC, mas estava sendo transportado sem as condições adequadas de armazenamento.
Valor elevado e regulamentação do medicamento
O remédio Mounjaro, cujo princípio ativo é a tirzepatida, é utilizado no tratamento da diabetes tipo 2, mas também vem sendo prescrito para a perda de peso, especialmente por quem busca alternativas para o emagrecimento rápido. No Brasil, o produto ainda não está disponível para venda regular e só pode ser adquirido mediante importação por pessoa física com apresentação de receita médica.
Uma única dose do medicamento pode custar até R$ 1,6 mil, tornando-se um item altamente visado para comércio ilegal.
Apreensão e consequências legais
Diante da irregularidade, toda a carga transportada pelo passageiro foi apreendida, e ele deverá responder pelo crime de descaminho, previsto no Código Penal, que se refere à entrada de mercadorias no país sem o devido pagamento dos impostos. A Receita Federal reforçou que continuará monitorando de perto a entrada de medicamentos no Brasil e que ações como essa visam não apenas coibir a sonegação fiscal, mas também proteger a saúde pública, evitando que produtos sensíveis sejam comercializados sem os devidos controles sanitários.
Reforço na fiscalização e alerta para passageiros
As autoridades alertam que o transporte de medicamentos sem a devida autorização pode resultar em penalidades severas. Passageiros que necessitam trazer remédios do exterior devem seguir os trâmites legais, garantindo a apresentação de documentação adequada para evitar complicações com a fiscalização.
O caso serve de exemplo para que outros viajantes estejam atentos às regulamentações e não corram o risco de responder criminalmente pelo transporte irregular de substâncias controladas. Veja também Surto de norovírus em cruzeiro de luxo afeta mais de 120 passageiros na costa brasileira.
