Última atualização: 14/06/2025
A situação da saúde pública em Santa Catarina chegou a um ponto crítico nos últimos dias. O governo estadual decidiu decretar oficialmente estado de emergência em saúde por conta da superlotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O motivo? Um aumento repentino e preocupante nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que vem lotando os hospitais e deixando as equipes médicas em alerta máximo.
O que levou o governo a tomar essa decisão
A Secretaria de Estado da Saúde já vinha monitorando o avanço dos casos de doenças respiratórias nas últimas semanas. Mesmo com a abertura de novos leitos de UTI, a situação não melhorou. Segundo o próprio secretário de Saúde, Diogo Demarchi, os hospitais estão operando com mais de 90% de ocupação. Um dado que assustou ainda mais foi a taxa de leitos de isolamento: praticamente todos estão ocupados.
O decreto de emergência permite que o governo tome medidas rápidas, como contratar novos leitos da rede privada, reforçar as equipes de atendimento e acelerar compras emergenciais de insumos hospitalares. O objetivo é evitar um colapso ainda maior no sistema de saúde.
Falta de leitos e alta demanda: um cenário preocupante
Atualmente, Santa Catarina conta com 1.423 leitos de UTI. Porém, só 88 estão disponíveis. Isso significa que, na prática, quase não há vagas para atender novos casos graves.
A situação tem gerado preocupação entre familiares de pacientes e profissionais da saúde, que se veem obrigados a tomar decisões difíceis diante da escassez de recursos.
Vacinação: a principal arma para reduzir os casos graves
Uma das principais recomendações das autoridades de saúde tem sido a vacinação contra a gripe. O secretário Diogo Demarchi reforçou que muitos dos casos que estão levando os pacientes às UTIs poderiam ser evitados com a imunização. Ele lembrou que a vacina contra a influenza está disponível em toda a rede pública de saúde e é essencial para conter o avanço da doença.
A preocupação com o aumento de casos de SRAG não é exclusiva de Santa Catarina. Outros estados do Sul do país, como o Rio Grande do Sul, também estão enfrentando um aumento nas internações por doenças respiratórias, o que acende o alerta para uma possível crise sanitária regional.
Próximos passos e expectativa da população
Com o decreto de emergência em vigor, a expectativa é que o governo consiga agir com mais rapidez. A população, por sua vez, espera que as medidas surtam efeito o mais breve possível, evitando situações ainda mais dramáticas, como a falta total de leitos.
Enquanto isso, o recado das autoridades de saúde é claro: quem ainda não se vacinou, deve procurar um posto de saúde o quanto antes. Além disso, os cuidados básicos, como o uso de máscaras em locais fechados e a higienização constante das mãos, continuam sendo medidas importantes para frear o avanço das doenças respiratórias. Ver tambem Receita Federal libera 1º Lote de Restituição do Imposto de Renda.