Última atualização: 25/02/2025
Uma doença desconhecida e altamente letal está se espalhando pela República Democrática do Congo, resultando na morte de pelo menos 53 pessoas. O surto, identificado inicialmente na província de Équateur, levanta preocupações entre as autoridades sanitárias devido à rapidez com que os sintomas se manifestam e à alta taxa de mortalidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a situação como uma ameaça significativa à saúde pública e destaca a necessidade urgente de investigação e contenção da enfermidade.
Origem do surto e primeiros casos registrados
De acordo com informações preliminares da OMS, o surto teria começado na vila de Boloko, onde três crianças faleceram após ingerirem carne de morcego. Em poucos dias, outras mortes foram registradas, espalhando o pânico na região.
Desde janeiro, já foram notificados 431 casos de pacientes com sintomas severos, incluindo febre alta, vômitos, diarreia, dores musculares e fadiga extrema.
Sintomas e taxa de mortalidade
O que mais preocupa os especialistas é a evolução acelerada da doença. A maioria dos óbitos ocorre em menos de 48 horas após o surgimento dos primeiros sintomas, sugerindo um quadro de infecção extremamente agressivo. Alguns pacientes apresentaram sinais semelhantes aos de febres hemorrágicas, como sangramentos pelo nariz e vômitos com presença de sangue.
A taxa de mortalidade estimada é de 12,3%, segundo o último relatório da OMS.
Investigação e desafios para identificação do patógeno
Diante da gravidade do surto, amostras de pacientes foram enviadas ao Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica, na capital Kinshasa, para análise laboratorial. No entanto, os testes realizados até o momento descartaram doenças conhecidas como Ebola e Marburg. A ausência de um diagnóstico preciso dificulta o desenvolvimento de estratégias eficazes para conter a propagação da enfermidade.
Além da falta de informações sobre o agente causador da doença, a resposta ao surto enfrenta desafios logísticos. A localização remota das vilas afetadas e a fragilidade da infraestrutura de saúde na região tornam a contenção ainda mais complicada. Profissionais de saúde alertam para a necessidade de uma resposta emergencial coordenada para evitar que a doença se espalhe para outras áreas do país e além das fronteiras.
Medidas e recomendações das autoridades sanitárias
Diante do cenário alarmante, a OMS e o governo congolês reforçam a importância de medidas de prevenção, como o isolamento de casos suspeitos e a restrição do consumo de carne de animais silvestres. Além disso, equipes médicas foram enviadas para monitorar novos casos e tentar identificar a origem exata da infecção.
O avanço da doença segue sendo acompanhado de perto, enquanto cientistas e autoridades sanitárias correm contra o tempo para descobrir sua causa e conter sua disseminação. Veja também Jovem diagnosticada com nova doença rara luta por qualidade de vida.