Técnica de enfermagem é filmada quebrando braço de criança acamada

Última atualização: 26/02/2025

Um caso de extrema violência contra uma criança com deficiência chocou a população do Distrito Federal. Uma técnica de enfermagem foi flagrada por câmeras de segurança agredindo uma menina de 10 anos, que necessita de cuidados especiais. A profissional, identificada como Fernanda Aparecida da Conceição Borges, de 25 anos, trabalhava como cuidadora da vítima em um serviço de home care. As imagens registradas mostram a agressora torcendo o braço da criança, causando uma fratura grave, além de outras agressões. O caso revoltou a família e gerou indignação na sociedade, levantando questionamentos sobre a segurança dos pacientes atendidos por profissionais terceirizados na área da saúde.

Quem é a agressora

Fernanda atuava na residência da menina há cerca de seis meses e possuía registro ativo no Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) desde junho do ano anterior. Apesar de sua formação na área da saúde, seu comportamento começou a levantar suspeitas entre os familiares e colegas de trabalho.

A mãe da vítima notou hematomas no corpo da filha, mas inicialmente atribuiu as marcas a possíveis episódios de automutilação, comuns em crianças com necessidades especiais.

Câmeras revelam a violência

Diante das suspeitas, a família decidiu instalar câmeras de segurança no quarto da criança para monitorar a situação. As gravações, obtidas entre os dias 20 e 21 de fevereiro, confirmaram os temores da mãe: a técnica de enfermagem era a responsável pelos ferimentos. Nos vídeos, Fernanda aparece puxando a menina pelo pescoço, desferindo socos nos joelhos e cobrindo seu rosto com um pano.

O momento mais grave foi registrado quando a profissional torce violentamente o braço da vítima, resultando na fratura.

Fuga após o crime

Após o episódio, Fernanda encerrou seu plantão e desapareceu. Ela pediu demissão no mesmo dia, bloqueou todos os contatos da família da vítima e dos colegas de trabalho e não foi mais encontrada. A empresa de home care que a contratou afirmou que não tinha conhecimento de antecedentes de violência da profissional.

A menina, que é diagnosticada com a síndrome de Moebius e autismo severo, foi levada às pressas para o hospital após sua mãe perceber que seu braço estava inchado e avermelhado. No hospital, exames revelaram fraturas em várias articulações, indicando que as agressões não eram recentes. A criança permaneceu internada durante o fim de semana para observação, mas já recebeu alta e segue tratamento em casa.

Investigação policial

O caso foi registrado na 12ª Delegacia de Polícia de Taguatinga Centro como lesão corporal. A Polícia Civil do Distrito Federal está conduzindo as investigações e tenta localizar a agressora. A mãe da vítima, profundamente abalada, declarou que não consegue dormir desde que soube da violência sofrida pela filha.

“Minha filha é completamente dependente dos outros, não fala, não anda e precisa de cuidados 24 horas. É doloroso saber que ela sofreu nas mãos de alguém que deveria protegê-la”, desabafou.

Consequências e medidas de segurança

O caso levantou preocupações sobre o recrutamento de profissionais de home care e a necessidade de fiscalização mais rigorosa. Especialistas em direitos da criança e do adolescente reforçam a importância de critérios mais rígidos na seleção de cuidadores e sugerem que as famílias utilizem câmeras de monitoramento como forma de proteção.

A técnica de enfermagem segue foragida e, até o momento, não prestou esclarecimentos sobre os crimes. A família da vítima pede justiça e reforça o alerta para que outros casos semelhantes sejam denunciados às autoridades. Veja também Tiroteio assusta moradores da Penha e mulher é baleada no Rio de Janeiro.

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