Última atualização: 29/12/2024
Vamos abordar neste tópico o Envolvimento dos pacientes e familiares no processo de classificação de risco; Promoção do autocuidado e da participação ativa do paciente e de seus familiares no processo de tomada de decisão e Fornecimento de informações claras e acessíveis sobre o processo de classificação de risco e o plano de tratamento proposto. Este conteúdo faz parte do Curso online de Classificação de Risco e Protocolo de Manchester.
Tópico 3: Princípios e diretrizes para a classificação de risco nos serviços de saúde
3.7. Envolvimento dos pacientes e familiares no processo de classificação de risco
3.7.1. Promoção do autocuidado e da participação ativa do paciente e de seus familiares no processo de tomada de decisão
3.7.2. Fornecimento de informações claras e acessíveis sobre o processo de classificação de risco e o plano de tratamento proposto
3.7. Envolvimento dos Pacientes e Familiares no Processo de Classificação de Risco
A participação ativa dos pacientes e de seus familiares no processo de classificação de risco é fundamental para garantir um atendimento humanizado e eficiente. Esse envolvimento promove uma experiência de cuidado mais transparente, fortalece a relação entre a equipe de saúde e os pacientes, e melhora os resultados clínicos. Além disso, a inclusão dos familiares no processo reduz a ansiedade e reforça a compreensão sobre a urgência e as prioridades no atendimento.
3.7.1. Promoção do Autocuidado e da Participação Ativa do Paciente e de Seus Familiares no Processo de Tomada de Decisão
- Empoderamento do Paciente e da Família:
- O autocuidado começa com o fornecimento de informações adequadas e apoio à autonomia do paciente para gerenciar sua saúde.
- Os profissionais de saúde devem incentivar os pacientes a expressar suas preocupações, dúvidas e preferências, garantindo que suas vozes sejam ouvidas durante o processo de triagem e atendimento.
- Os familiares também podem desempenhar um papel importante, especialmente em casos em que o paciente não pode tomar decisões de forma independente, como em situações de emergência grave ou em pacientes pediátricos e idosos.
- Participação na Tomada de Decisão:
- Sempre que possível, os pacientes devem ser informados sobre as etapas do cuidado e envolvidos nas decisões sobre seu plano de tratamento.
- Essa abordagem fortalece o vínculo de confiança com a equipe de saúde e aumenta a adesão ao plano de cuidados.
- Orientações para o Autocuidado:
- Durante a triagem, os profissionais podem fornecer orientações iniciais sobre como o paciente pode cuidar de si mesmo até a avaliação médica completa.
- Por exemplo, instruções sobre hidratação, repouso ou monitoramento de sintomas podem ser úteis enquanto o paciente aguarda o atendimento.
- Redução da Ansiedade e Conflitos:
- A inclusão dos familiares no processo de classificação ajuda a reduzir a ansiedade e os conflitos relacionados ao tempo de espera ou à priorização de outros pacientes.
- A comunicação clara sobre como o paciente está sendo avaliado e quais os próximos passos do atendimento gera maior compreensão e cooperação.
Exemplo prático:
Uma mãe acompanha seu filho com febre ao pronto-socorro. O enfermeiro explica que a prioridade será atribuída com base nos sinais vitais e sintomas, enquanto fornece orientações sobre como aliviar a febre com compressas e hidratação até que o atendimento médico seja realizado.
3.7.2. Fornecimento de Informações Claras e Acessíveis Sobre o Processo de Classificação de Risco e o Plano de Tratamento Proposto
- Comunicação Clara e Empática:
- O processo de triagem deve ser explicado de forma simples e direta, utilizando uma linguagem acessível e adaptada ao nível de compreensão do paciente e de seus familiares.
- Os profissionais devem evitar o uso de jargões médicos e garantir que os pacientes compreendam os critérios utilizados para priorizar o atendimento.
- Transparência no Processo de Triagem:
- Informar os pacientes e familiares sobre como funciona a classificação de risco e os critérios para definir as prioridades de atendimento ajuda a evitar mal-entendidos.
- Por exemplo, explicar que pacientes com condições mais graves têm prioridade, mesmo que tenham chegado depois, pode minimizar queixas relacionadas ao tempo de espera.
- Explicação do Plano de Tratamento:
- Após a triagem, é essencial informar os pacientes sobre os próximos passos, como exames necessários, intervenções iniciais ou o encaminhamento para outros setores.
- A equipe deve estar disponível para esclarecer dúvidas e reforçar as orientações quantas vezes forem necessárias.
- Ferramentas Visuais e Recursos Didáticos:
- O uso de materiais visuais, como cartazes, vídeos ou folhetos informativos, pode ajudar a explicar o processo de classificação de risco de forma clara e ilustrativa.
- Esses recursos também podem abordar tópicos relacionados ao autocuidado e à gestão de sintomas em casa.
- Disponibilidade para Responder a Dúvidas:
- Os profissionais devem demonstrar paciência e estar sempre abertos a responder perguntas dos pacientes e familiares, garantindo que se sintam amparados e confiantes durante o atendimento.
Exemplo prático:
Um hospital utiliza um painel digital na sala de espera para mostrar o tempo médio de atendimento por prioridade (emergência, muito urgente, urgente, etc.), além de folhetos explicativos sobre o funcionamento do protocolo de triagem.
Maior confiança e compreensão
O envolvimento dos pacientes e familiares no processo de classificação de risco promove maior confiança e compreensão do sistema de saúde, além de melhorar a experiência geral do cuidado. A promoção do autocuidado e a transparência na comunicação são estratégias fundamentais para reduzir a ansiedade e aumentar a cooperação durante o atendimento. Garantir que todos tenham acesso a informações claras e acessíveis fortalece a relação entre os profissionais de saúde e os pacientes, contribuindo para um atendimento mais humanizado e eficaz.
Este conteúdo faz parte do Curso online de Classificação de Risco e Protocolo de Manchester.