Última atualização: 16/12/2024
É definida como a cessação da atividade mecânica do coração, determinada pela ausência de pulso central palpável, ausência de respiração. Segundo GRASSIA, a Parada cardiorrespiratória (PCR), é definida como a cessação da atividade mecânica do coração, determinada pela ausência de pulso central palpável, ausência de respiração ou respiração anormal e não responsividade do paciente, com grave repercussão no Sistema Nervoso Central (SNC), (GRASSIA, 2010, p. 526).
É uma emergência cardiovascular que precisa de atendimento imediato.
De acordo com essa definição, podemos concluir que uma Parada cardiorrespiratória (PCR), pode ser identificada por meio de três sinais clínicos:
- irresponsividade
- ausência de respiração ou respiração agônica (gasping)
- ausência de pulso central palpável
Nessas condições, o coração pode estar se comportando de quatro formas, ou em outras palavras, quatro ritmos cardíacos:
- fibrilação ventricular (FV)
- taquicardia ventricular sem pulso
- atividade elétrica sem pulso ou assistolia
Fibrilação ventricular (FV)
é um ritmo caótico que se inicia nos ventrículos. Na FV, não há despolarização organizada dos ventrículos, o músculo ventricular tremula. Consequentemente, não há contração miocárdica efetiva e nenhum pulso.
Epidemiologia da Parada Cardiorrespiratória (PCR)
A parada cardiorrespiratória (PCR) permanece como uma das emergências cardiovasculares de grande prevalência e com morbidade e mortalidade elevadas. A criação de protocolos e algoritmos internacionais permitiu a padronização e a organização da assistência médica.
O reconhecimento precoce das causas desencadeantes, orientando a intervenção para cada cenário clínico, com
ênfase nos cuidados após o retorno à circulação espontânea, trouxe melhorias nos resultados, contribuído ao prognóstico dos pacientes.
Os dados na literatura quanto à incidência de PCR no Brasil são escassos. O principal ritmo de PCR em ambiente extra-hospitalar é a Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular (TV), chegando a quase 80% dos eventos, com bom índice de sucesso na reversão, se prontamente tratados. Quando a desfibrilação é realizada precocemente, em até 3 a 5 minutos do início da PCR, a taxa de sobrevida é em torno de 50% a 70%. Em contrapartida, em ambiente intra-hospitalar, o ritmo de PCR mais frequente é Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) ou assistolia, com pior prognóstico e baixas taxas de sobrevida, inferiores a 17%.
Cursos online
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