Última atualização: 01/01/2025
A cirurgia colorretal é uma especialidade médica que se concentra no diagnóstico, tratamento e manejo de condições que afetam o trato gastrointestinal inferior, incluindo o cólon, reto e ânus. Os cirurgiões colorretais desempenham um papel essencial no cuidado de pacientes com distúrbios gastrointestinais, realizando desde procedimentos diagnósticos até intervenções cirúrgicas complexas. Ver Hospital das Clínicas da UFPE realiza mutirão contra o câncer.
O Que Faz um Cirurgião Colorretal?
Os cirurgiões colorretais são especialistas no tratamento de condições que afetam o cólon, reto e ânus. Eles realizam:
- Procedimentos diagnósticos: Incluem colonoscopias, sigmoidoscopias flexíveis e ultrassonografias para avaliação de distúrbios.
- Cirurgias eletivas e emergenciais: Para tratar condições como câncer colorretal, doenças inflamatórias intestinais, hemorróidas e outras anormalidades anorretais.
- Manejo de doenças crônicas: Incluindo suporte multidisciplinar para condições como Doença de Crohn e colite ulcerativa.
Doenças Tratadas pela Cirurgia Colorretal
Os cirurgiões colorretais abordam uma ampla gama de condições, que incluem:
Distúrbios Anorretais
- Hemorróidas: Varizes na região anal que causam dor, sangramento e desconforto.
- Fissuras anais: Pequenas rupturas no revestimento do ânus, frequentemente associadas à dor intensa durante evacuações.
- Fístulas anais: Conexões anormais entre o reto e a pele ao redor do ânus.
- Prolapso retal: Quando o reto se projeta para fora do ânus.
- Incontinência fecal: Incapacidade de controlar os movimentos intestinais.
Condições do Cólon e Reto
- Câncer colorretal: Uma das principais causas de morte por câncer no mundo, muitas vezes tratada com ressecção cirúrgica.
- Doença inflamatória intestinal (DII):
- Doença de Crohn: Inflamação crônica que pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal.
- Colite ulcerativa: Inflamação limitada ao cólon e reto.
- Diverticulite: Inflamação ou infecção de pequenas bolsas no revestimento do cólon (divertículos).
- Pólipos colorretais: Crescimentos na mucosa do cólon que podem ser pré-cancerígenos.
- Obstruções intestinais: Podem ser causadas por aderências, tumores ou outras condições.
Condições Congênitas e Outras
- Ânus imperfurado: Defeito congênito onde o ânus não está adequadamente formado.
- Lesões traumáticas e remoção de corpos estranhos: Incluindo reparos cirúrgicos e remoções de objetos no ânus ou reto.
Sinais e Sintomas Comuns
Os pacientes frequentemente procuram um cirurgião colorretal devido a sintomas como:
- Sangramento retal: Pode ser vermelho vivo ou de cor mais escura.
- Alterações no hábito intestinal: Incluindo constipação persistente ou diarreia crônica.
- Dor abdominal ou retal: Geralmente associada a condições inflamatórias ou obstrutivas.
- Perda de peso inexplicada: Sinal de condições malignas ou inflamatórias.
- Diminuição do apetite: Comum em doenças crônicas ou malignas.
Diagnóstico em Cirurgia Colorretal
O diagnóstico preciso é essencial para determinar o tratamento adequado. Entre os procedimentos diagnósticos mais comuns estão:
Exames Endoscópicos
- Colonoscopia:
- Avalia o cólon e o reto.
- Detecta pólipos, câncer e outras anormalidades.
- Sigmoidoscopia:
- Examina o reto e o cólon sigmoide.
- Proctoscopia:
- Avaliação direta do reto para identificar hemorroidas, fissuras e outros problemas.
Exames por Imagem
- Ultrassonografia endorretal:
- Avalia fístulas, abscessos e câncer.
- Tomografia computadorizada (TC):
- Identifica obstruções, abscessos e massas tumorais.
- Ressonância magnética (RM):
- Oferece detalhes anatômicos em casos complexos.
Outros Exames
- Proctografia Defecatória:
- Avalia o funcionamento do reto durante a evacuação.
- Biópsias:
- Realizadas durante endoscopias para confirmar diagnósticos histológicos.
Tratamento Cirúrgico e Terapias
Os tratamentos cirúrgicos e terapias são escolhidos com base na gravidade da condição, podendo incluir:
Cirurgias Comuns
- Colectomia:
- Remoção parcial ou total do cólon.
- Ileostomia/Colostomia:
- Desvio cirúrgico do trânsito intestinal para um estoma.
- Hemorroidectomia:
- Remoção de hemorróidas graves.
- Anoplastia:
- Reconstrução do ânus ou reto.
- Polipectomia:
- Remoção de pólipos durante a colonoscopia.
Cirurgias Minimamente Invasivas
- Laparoscopia:
- Menor tempo de recuperação e menores incisões.
- Utilizada para câncer, diverticulite e outras condições.
Tratamentos Não Cirúrgicos
- Controle Medicamentoso:
- Anti-inflamatórios e imunossupressores para DII.
- Terapia de reposição enzimática em casos específicos.
- Suporte Nutricional:
- Dietas especiais para condições inflamatórias ou pós-cirúrgicas.
Cuidados Pós-Operatórios e Prevenção
Pós-Operatório
- Controle da Dor:
- Uso de analgésicos adequados.
- Cuidados com o Estoma:
- Orientações para pacientes com ileostomias ou colostomias.
- Prevenção de Infecções:
- Higienização adequada e acompanhamento médico.
- Reabilitação:
- Fisioterapia para reabilitação pélvica, quando necessário.
Prevenção
- Triagem Regular:
- Colonoscopias periódicas para detecção precoce de câncer e pólipos.
- Dieta e Exercício:
- Dieta rica em fibras para evitar constipação e diverticulite.
- Evitar Tabagismo e Álcool:
- Reduz riscos de câncer colorretal.
Especialidade complexa
A cirurgia colorretal é uma especialidade complexa, envolvendo o diagnóstico e tratamento de condições desafiadoras. Com a evolução das técnicas cirúrgicas e diagnósticas, os cirurgiões colorretais desempenham um papel vital no manejo de doenças que impactam significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O sucesso no tratamento depende de uma abordagem integrada entre cirurgiões, gastroenterologistas e outros profissionais da saúde, sempre buscando o melhor cuidado possível. Ver Colostomia.