Vertigem: Sensação de Tontura ou Desequilíbrio

Última atualização: 24/12/2024

A vertigem é um sintoma caracterizado pela sensação de que o ambiente ao redor está girando ou se movendo, mesmo quando o corpo está parado. Essa condição pode variar em intensidade, desde um leve desconforto até episódios severos que comprometem a mobilidade e a funcionalidade do paciente. A vertigem está associada a disfunções no sistema vestibular (localizado no ouvido interno), no sistema nervoso central ou até mesmo a condições psicológicas. É importante diferenciar a vertigem de outros tipos de tontura, pois sua causa pode ser indicativa de doenças específicas que requerem tratamento imediato.

Causas da Vertigem

A vertigem pode ser classificada em dois tipos principais, baseando-se na localização da sua causa: vertigem periférica e vertigem central.

1. Vertigem periférica

Causada por alterações no ouvido interno ou no nervo vestibular. É o tipo mais comum de vertigem. As principais condições incluem:

  • Vertigem posicional paroxística benigna (VPPB): Caracterizada por episódios breves de vertigem ao mudar a posição da cabeça.
  • Labirintite: Inflamação no labirinto do ouvido interno, geralmente associada a infecções.
  • Doença de Ménière: Distúrbio crônico do ouvido interno que causa vertigem, perda auditiva e zumbido.
  • Neurite vestibular: Inflamação do nervo vestibular, frequentemente associada a infecções virais.

2. Vertigem central

Resulta de alterações no sistema nervoso central, como no cérebro ou tronco encefálico. As causas incluem:

  • Acidente vascular cerebral (AVC): Vertigem pode ser um dos sintomas iniciais em AVCs que afetam o cerebelo ou tronco cerebral.
  • Esclerose múltipla: Danos nos nervos podem afetar a percepção de equilíbrio.
  • Tumores cerebrais: Lesões na região do cerebelo podem causar vertigem.

3. Outras causas

  • Medicamentos ototóxicos: Alguns antibióticos, diuréticos e quimioterápicos podem danificar o ouvido interno.
  • Hipotensão postural: Queda da pressão arterial ao mudar de posição pode causar tontura, frequentemente confundida com vertigem.
  • Ansiedade e estresse: Crises de ansiedade podem desencadear sensações de vertigem associadas à hiperventilação.

Sinais e Sintomas Associados

Além da sensação de movimento ou rotação, a vertigem pode ser acompanhada de:

  • Náuseas e vômitos.
  • Perda de equilíbrio ou dificuldade para caminhar.
  • Zumbido no ouvido (tinnitus).
  • Perda auditiva (em casos como a doença de Ménière).
  • Nistagmo (movimentos involuntários dos olhos).

Impacto Clínico da Vertigem

A vertigem pode comprometer severamente a qualidade de vida do paciente, dificultando atividades cotidianas e aumentando o risco de quedas, especialmente em idosos. Além disso, episódios frequentes podem indicar condições graves, como AVC ou tumores cerebrais, exigindo avaliação médica imediata.

Exemplo Prático na Enfermagem

“Paciente, sexo masculino, 58 anos, relata episódios de vertigem intensa ao mudar de posição, acompanhados de náuseas e perda de equilíbrio. Diagnóstico prévio de vertigem posicional paroxística benigna (VPPB). Realizado teste de Dix-Hallpike para confirmação e manobra de Epley para reposicionamento dos canais semicirculares. Orientado a evitar movimentos bruscos.”

Nesse caso, o enfermeiro reconhece a vertigem periférica e implementa intervenções específicas para alívio dos sintomas.

Abordagem da Enfermagem para Vertigem

1. Avaliação

  • Histórico clínico:
    • Identificar a duração, frequência e intensidade dos episódios de vertigem.
    • Questionar sobre fatores desencadeantes, como movimentos específicos ou mudanças de posição.
  • Exame físico:
    • Observar sinais de desequilíbrio e realizar testes específicos, como o teste de Romberg.
    • Avaliar presença de nistagmo e outros sintomas associados, como náuseas ou zumbidos.

2. Intervenções

  • Cuidado inicial:
    • Manter o paciente em posição segura durante episódios de vertigem.
    • Garantir ambiente calmo e sem estímulos visuais intensos.
  • Medicação:
    • Administrar antieméticos ou antivertiginosos, como meclizina, conforme prescrição médica.
  • Manobras terapêuticas:
    • Realizar manobras de reposicionamento, como a manobra de Epley, para tratar VPPB.
  • Prevenção de quedas:
    • Orientar o paciente a evitar movimentos bruscos e garantir assistência ao caminhar, se necessário.

3. Educação em Saúde

  • Orientar sobre mudanças de estilo de vida que podem reduzir os episódios, como evitar cafeína, álcool e tabaco.
  • Ensinar exercícios de reabilitação vestibular para melhorar o equilíbrio.
  • Reforçar a importância de procurar atendimento médico imediato em casos de vertigem associada a sinais neurológicos, como dificuldade para falar ou fraqueza em um dos lados do corpo.
O Papel da Enfermagem na Vertigem

A vertigem é um sintoma incapacitante que pode estar associado a várias condições médicas. O enfermeiro desempenha um papel fundamental na avaliação inicial, no manejo seguro e na orientação ao paciente para prevenir complicações e promover o alívio dos sintomas. Intervenções adequadas e educação em saúde são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes que lidam com essa condição. Médico que ofende técnica de enfermagem, já foi preso por tentativa de fraude em vestibular de medicina

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *