Seringa - fundamentos de enfermagem

Seringa

Atualizado em 20/04/2023 às 02:25

Uma seringa é um instrumento de saúde, utilizado para administrar soluções líquidas, em uma pessoa ou animal, ou para retirar líquidos do corpo. É composta de um cilindro oco, geralmente feito de plástico ou vidro, com uma ponta afiada chamada de agulha, usada para perfurar a pele e inserir a medicação ou retirar líquidos. Dependendo da finalidade de uso, a seringa pode ser utilizada sem agulha.

As seringas podem ser usadas para administrar diferentes tipos de medicamentos, como vacinas, insulina, antibióticos, anestésicos, entre outros. Elas também podem ser usadas para retirar amostras de sangue, urina ou outros fluidos corporais para diagnóstico ou análise laboratorial.

É importante destacar, que esse instrumento, deve ser utilizada com muito cuidado e somente por profissionais de saúde treinados, uma vez que o uso inadequado pode causar danos ou infecções. Além disso, é importante descartar corretamente as seringas usadas, pois elas podem representar riscos de contaminação para outras pessoas se forem manuseadas inadequadamente.

Para que serve uma seringa?

A seringa, é um instrumento utilizado para administrar medicamentos ou retirar fluidos do corpo, seja para fins diagnósticos ou terapêuticos. Esses materiais, podem ser utilizadas em diversas áreas da saúde, como enfermagem, medicina, odontologia, veterinária, entre outras.

Na enfermagem, as seringas são utilizadas para administrar medicamentos por via intramuscular, intravenosa, subcutânea, intradérmica ou por via oral (quando a medicação é inserida diretamente na boca do paciente). Elas também podem ser utilizadas para retirar sangue ou outros fluidos do corpo do paciente para exames laboratoriais.

Em medicina, elas são utilizadas para a administração de medicamentos e para realizar procedimentos como anestesias locais, biópsias, entre outros.

Na odontologia, são utilizadas para aplicar anestesia local antes de procedimentos como extração de dentes, obturações, entre outros.

Em veterinária, são utilizadas para a administração de medicamentos e vacinas em animais.

As seringas são instrumentos importantes para a administração de medicamentos e procedimentos médicos, permitindo a administração precisa de doses e a retirada de fluidos do corpo para diagnóstico.

Origem da seringa

A origem desse instrumental é incerta, mas acredita-se que ela tenha sido desenvolvida na Grécia Antiga, por volta do século III a.C.

Segundo registros históricos, o médico grego Dioscórides, descreveu um instrumento similar a uma seringa. Em sua obra “De Matéria Medica”, que descrevia o uso de uma bolsa feita de bexiga de porco para aplicar remédios em pacientes.

No entanto, a seringa moderna, como a conhecemos hoje, foi inventada no século XIX. Em 1853, o médico francês Charles Pravaz, desenvolveu uma seringa de vidro com uma agulha afiada, que permitia a administração de pequenas doses de medicamentos diretamente na corrente sanguínea.

Posteriormente, em 1899, o alemão Julius Adolf Gehe desenvolveu a primeira seringa descartável, com um cilindro de vidro e uma agulha de metal que podia ser substituída após o uso.

Desde então, ela se tornou um instrumento fundamental na prática médica e de enfermagem, permitindo a administração segura e precisa de medicamentos e a realização de procedimentos como coleta de sangue e vacinação.

Atualmente, existem diferentes tipos de seringas disponíveis, incluindo: as de plástico descartáveis; com agulhas retráteis para reduzir o risco de acidentes; as automáticas para maior precisão na administração de medicamentos, dentre outras.

Evolução

A seringa evoluiu significativamente desde a sua invenção no século XIX. Algumas das principais mudanças e melhorias na seringa ao longo do tempo incluem:

  1. Materiais: Elas são feitas de uma variedade de materiais, incluindo plástico, vidro e metal. O plástico se tornou o material mais comum para seringas descartáveis, devido à sua segurança e baixo custo.
  2. Descartabilidade: As primeiras seringas eram reutilizáveis e exigiam a esterilização antes do uso subsequente. No entanto, materiais descartáveis se tornaram a norma na prática médica e enfermagem, minimizando o risco de infecções associadas à reutilização desse instrumento.
  3. Precisão: As seringas modernas vêm com diferentes tamanhos de cilindro e agulhas, permitindo maior precisão na administração de medicamentos e soluções. Também existem as automáticas, que podem ser programadas para administrar doses específicas com precisão.
  4. Segurança: Vêm com várias características de segurança, incluindo agulhas retráteis que reduzem o risco de acidentes e agulhas com proteção de ponta que impedem a reutilização e minimizam o risco de infecções, com uso de rosca no bico, que ajuda na fixação da agulha.
  5. Tecnologia: A tecnologia também foi incorporada às seringas modernas, permitindo recursos como as seringas eletrônicas, que podem ser controladas por computador, e dispositivos que permitem a administração de medicamentos sem agulhas, como canetas de insulina.

No geral, a evolução desse instrumento, tem sido marcada por melhorias significativas na segurança, precisão e conveniência, permitindo uma melhor qualidade de cuidados de saúde e minimizando os riscos para pacientes e profissionais de saúde.

Os tipos e modelos

Existem vários tipos e modelos desse material disponíveis atualmente. Aqui estão alguns dos mais comuns:

  1. Seringas descartáveis: as de uso único, geralmente feitas de plástico, descartadas após o uso para evitar contaminação.
  2. Seringas reutilizáveis: que podem ser esterilizadas e reutilizadas várias vezes. Elas são menos comuns atualmente devido ao risco de contaminação.
  3. Seringas de insulina: usadas para administrar insulina a pacientes com diabetes. Elas são mais finas, com capacidade menor do que as seringas convencionais.
  4. Seringas de segurança: com mecanismos de segurança, incorporados para minimizar o risco de acidentes, como agulhas retráteis ou dispositivos de bloqueio de agulhas.
  5. Seringas automáticas: instrumentos eletrônicas que permitem a administração de doses precisas de medicamentos ou soluções.
  6. Seringas de luer lock: com um mecanismo de bloqueio de agulhas que prende a agulha na seringa para maior segurança e estabilidade. Esse tipo, tem um bico tipo rosca na ponta.
  7. Seringas de luer Slip: é o tipo mais comum de seringa, com bico que desliza, sem nenhum mecanismo de bloqueio ou rosca.
  8. Seringas com agulhas integradas: a agulha está integrada à seringa, tornando-a mais fácil de usar e minimizando o risco de acidentes.

Nome das partes de uma seringa

Uma seringa é composta por várias partes, cada uma desempenhando uma função específica. Aqui estão as principais partes desse instrumento:

  1. Cilindro: é a parte longa e fina da seringa onde o medicamento é armazenado.
  2. Êmbolo: é a parte que se encaixa no cilindro e que, permite que o medicamento seja injetado ou retirado. O êmbolo é puxado ou empurrado para mover o medicamento para dentro ou para fora da seringa.
  3. Anel de retenção (rolha): é um anel de plástico (rolha), na base do êmbolo, que ajuda a manter a pressão e evita que ele saia do cilindro.
  4. Agulha: existem seringas, com uma agulha acoplada em seu bico, que não é possível a sua retirada, onde representa a parte fina e pontiaguda da seringa. Nem sempre uma seringa é utilizada com agulha. É necessário entender a utilização deste material para saber se vai precisar de uma agulha ou não.
  5. Tampa da agulha: é a tampa de plástico que protege a agulha antes do uso.
  6. Bico: é a parte da seringa onde a agulha é conectada. O bico pode ser lateral ou centralizado.
  7. Flange: é a parte onde é segurado pelo profissional de saúde para controlar a injeção ou a retirada do medicamento.
  8. Graduações: são as marcações que indicam a quantidade de medicamento no cilindro, geralmente medidos em mililitros (ml) ou unidades (U).
Partes de uma Seringa
Partes de uma Seringa

Quais os cuidados no manuseio na enfermagem?

O manuseio desse material na enfermagem, exige cuidados especiais para garantir a segurança do paciente e do profissional de saúde. Aqui estão alguns cuidados que devem ser tomados:

  1. Lave as mãos antes e após manusear. Isso ajuda a prevenir a transmissão de germes e bactérias.
  2. Use luvas descartáveis ao manusear esse material, para evitar o contato com fluidos corporais.
  3. Verifique a integridade da embalagem do material antes de abrir, e descartar qualquer material com embalagem violada ou danificada.
  4. Verifique a integridade da agulha antes de usá-la, e descarte qualquer agulha com sinais de danos ou contaminação.
  5. Utilize a técnica asséptica durante o manuseio desse instrumento, mantendo as superfícies limpas e evitando a contaminação por bactérias.
  6. Descarte corretamente o material usado, em um recipiente apropriado para materiais cortantes e perfurantes. Nunca reutilize uma seringa ou agulha.
  7. Identifique corretamente a seringa e o medicamento antes de administrá-lo ao paciente. Confirme a dosagem correta e a via de administração.
  8. Mantenha a seringa e a agulha fora do alcance do paciente durante a administração para evitar acidentes.
  9. Registre corretamente a administração do medicamento na ficha do paciente, incluindo a dosagem, via de administração e horário.

Seguindo esses cuidados, é possível garantir a segurança e eficácia na administração de medicamentos e na retirada de fluidos do corpo do paciente, pelos profissionais de enfermagem.

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