A dor é o quinto sinal vital

A Agência Americana de Pesquisa e Qualidade em Saúde Pública e a Sociedade Americana de Dor descrevem que a dor é um quinto sinal vital e deve sempre ser registrado ao mesmo tempo e no mesmo ambiente clínico em que também são avaliados os outros sinais vitais como:

Temperatura, Pulso (FC),  Respiração (FR), Pressão Arterial PA

É de grande importância registrar e mensurar a percepção de dor tanto aguda quanto crônica. Atualmente diversas instituições de saúde já estão aplicando a escala de mensuração de dor no momento da admissão para tratamento e, também, durante a evolução clínica.

A dor é definida como uma experiência subjetiva que pode estar associada a um dano real ou potencial nos tecidos, podendo ser descrita tanto em termos desses danos quanto por ambas as características. Independente da aceitação dessa definição, a dor é considerada como uma experiência genuinamente subjetiva e pessoal.

A percepção de dor é caracterizada como uma experiência multidimensional, diversificando-se na qualidade e na intensidade sensorial, sendo afetada por variáveis afetivo-motivacionais.

 POR QUE VERIFICAR SE HÁ DOR?

Por ser uma experiência subjetiva e única, a dor não pode ser objetivamente determinada por aparelhos físicos que, usualmente, mensuram o peso corporal, a temperatura, a altura, a pressão sangüínea e o pulso. Em outras palavras, não existe um equipamento padrão que permita a um observador externo, objetivamente, mensurar essa experiência interna, complexa e pessoal.

A respeito dessas dificuldades internas, por que mensurar a dor? A mensuração da dor é de extrema importância no ambiente clínico, pois se torna impossível manejar um problema dessa natureza sem ter uma medida sobre a qual basear o tratamento ou a conduta médica. Sem tal medida, torna-se difícil determinar se um tratamento é necessário, se o prescrito é eficaz ou mesmo quando deve ser interrompido.

Com uma mensuração apropriada da dor torna-se possível determinar se os riscos de um dado tratamento superam os danos causados pelo problema clínico e, também, permite-se escolher qual é o melhor e o mais seguro entre diferentes tipos.

Uma medida eficaz da dor possibilita examinar a sua natureza, as suas origens e os seus correlatos clínicos em função das características emocionais, motivacionais, cognitivas e de personalidade do cliente.

Algumas vezes, apenas medidas grosseiras, tais como “dor presente” ou “dor ausente”, são necessárias para as intervenções clínicas; mas, para completamente entender o fenômeno e avaliar a eficácia dessas intervenções, necessitamos de medidas mais sofisticadas tanto da intensidade quanto das respostas afetivas associadas à dor.

MENSURAÇÃO DA DOR

Vários métodos têm sido utilizados para mensurar a percepção ou a sensação de dor. Alguns métodos consideram a dor como uma qualidade simples, única e unidimensional que varia apenas em intensidade, mas outros a consideram como uma experiência multidimensional composta também por fatores afetivo-emocionais.

Ultimamente aplica-se uma escala chamada de EVA (Escala Visual Analógica)para mensurar a intensidade da dor e essa escala têm sido usada freqüentemente em hospitais e clínicas para obter informações rápidas, não invasivas e válidas sobre a dor e a analgesia.

Os instrumentos multidimensionais, de outro lado, são empregados para avaliar e mensurar as diferentes dimensões da dor a partir de diferentes indicadores de respostas e suas interações.

As principais dimensões avaliadas são a sensorial, a afetiva e a avaliativa. Algumas escalas multidimensionais incluem indicadores fisiológicos, comportamentais, contextuais e, também, os auto-registros por parte do paciente.

Exemplos desses instrumentos são a escala de descritores verbais diferenciais, o Questionário McGill de avaliação da dor e a teoria da detecção do sinal. Com essas escalas, torna-se possível avaliar a dor em suas múltiplas dimensões, ou seja, os componentes sensoriais, afetivos e avaliativos que estão refletidos na linguagem usada para descrever a experiência dolorosa.

Em resumo, atualmente, a dor é considerada um sinal vital, tão importante quanto os outros e deve sempre ser avaliada num ambiente clínico, para se empreender um tratamento ou conduta terapêutica.

A eficácia do tratamento e o seu seguimento dependem de uma avaliação e mensuração da dor confiável e válida.

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