Agressões a profissionais da saúde aumentam em unidade de atendimento de Dourados

Última atualização: 16/02/2025

Os profissionais da saúde que atuam na linha de frente do atendimento emergencial estão cada vez mais expostos a situações de violência em Dourados. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade tem registrado uma escalada de agressões contra funcionários, refletindo uma preocupante tendência de desrespeito e hostilidade. O cenário de trabalho para médicos, enfermeiros e técnicos tornou-se um campo de riscos, onde, além das exaustivas jornadas e desafios técnicos, eles também precisam lidar com episódios de violência física e verbal. Essa realidade escancara a necessidade urgente de medidas mais eficazes para garantir a segurança desses trabalhadores essenciais.

Técnica de enfermagem é agredida durante atendimento

No mais recente episódio dessa onda de violência, uma técnica de enfermagem de 40 anos foi atacada no sábado (15) dentro da UPA de Dourados. Segundo o registro policial, uma paciente foi levada ao local pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e, durante o atendimento, iniciou uma discussão acalorada. A situação saiu do controle quando a mulher, visivelmente alterada, arremessou medicamentos no chão, empurrou a profissional e ainda a puxou pelos cabelos.

A intervenção da Guarda Municipal, que estava na unidade, foi crucial para impedir que o ataque tomasse proporções ainda mais graves. A agressora, de 35 anos, apresentava sinais de embriaguez e precisou ser contida pelos agentes.

Casos de violência se repetem na unidade

O incidente do último sábado não foi um caso isolado. Em janeiro, outra técnica de enfermagem da mesma unidade sofreu uma agressão brutal. Uma paciente de 36 anos, sob efeito de substâncias ilícitas, atingiu a profissional com um chute violento, causando a fratura de uma costela. O episódio foi registrado como lesão corporal dolosa.

Poucas semanas depois, em 10 de fevereiro, um médico de 27 anos foi alvo de agressões dentro da UPA. Um paciente de 32 anos, aparentemente em surto psicótico, desferiu tapas e chutes contra o profissional antes de fugir. Apesar dos esforços das autoridades, o agressor ainda não foi localizado.

Clamor por medidas de proteção

Diante da crescente violência, os trabalhadores da saúde da UPA de Dourados pedem reforço na segurança e medidas mais rígidas para lidar com casos de agressão. A presença da Guarda Municipal tem sido essencial para conter os ataques, mas muitos acreditam que apenas a repressão não é suficiente. É preciso um esforço conjunto entre autoridades, gestores da saúde e a própria sociedade para conscientizar a população sobre a importância do respeito aos profissionais que dedicam suas vidas ao cuidado dos outros.

Enquanto isso, os funcionários da unidade seguem trabalhando em meio ao medo e à incerteza, aguardando por respostas concretas que possam garantir um ambiente mais seguro para todos. Veja também Técnico de enfermagem é brutalmente espancado até a morte em praia no Sul do Espírito Santo.

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