Barbárie em Lins: Crime de feminicídio choca a comunidade

Última atualização: 15/01/2025

O crime

De acordo com investigações preliminares da polícia, o crime aconteceu por volta das 20h. Danilo, alegando sentir saudades do filho de um ano, tentou visitar a residência de Flávia. Impedido de entrar, ele arrombou o portão, invadiu a casa e tomou o filho dos braços da mãe. Depois de colocar a criança no berço, conduziu a mulher para a cozinha, onde a golpeou fatalmente com uma faca.

A cena do crime

Flávia foi encontrada por uma cunhada, que acionou a polícia ao ver o corpo caído na cozinha, cercado por marcas de sangue. A perícia constatou 15 perfurações, atingindo o abdômen, o tórax e os seios da vítima. A faca utilizada foi localizada na cena, e o calçado de Danilo continha manchas de sangue.

Confissão e prisão

Após o crime, Danilo fugiu de moto e levou o filho à casa de sua mãe, onde confessou o homicídio. Em seguida, dirigiu-se à delegacia e entregou-se espontaneamente. O autor, que já possuía histórico criminal por homicídio, permanece preso em flagrante e será submetido a audiência de custódia.

Histórico de violência

O relacionamento entre Flávia e Danilo era marcado por conflitos e agressões. Em ocasiões anteriores, a vítima havia solicitado medidas protetivas contra o agressor, indicando o caráter conturbado da relação. O crime ocorreu apesar das ações legais adotadas por Flávia, levantando questões sobre a eficiência das proteções disponíveis.

Impacto social e clamor por justiça

O assassinato gerou grande comoção na comunidade local e em todo o estado. Organizações de defesa dos direitos das mulheres planejam manifestações em memória de Flávia, exigindo medidas mais eficazes contra a violência de gênero. Ativistas ressaltam a necessidade de reformas nas leis de proteção às mulheres e melhorias nos mecanismos de prevenção e intervenção. Ver Manifesto do Coren-SP em defesa da vida das mulheres.

O feminicídio de Flávia Almeida é um lembrete trágico da persistente violência contra as mulheres no Brasil. O caso demanda não apenas justiça, mas também a adoção de políticas mais rigorosas e abrangentes para prevenir novos casos e garantir a segurança das mulheres em situação de vulnerabilidade.

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