Última atualização: 14/04/2025
O ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, onde segue sob cuidados intensivos após ter passado por uma cirurgia delicada no último domingo (13). O procedimento, que teve duração aproximada de 12 horas, foi realizado com o objetivo de tratar complicações intestinais recorrentes, relacionadas a aderências formadas em decorrência de intervenções cirúrgicas anteriores.
De acordo com o boletim médico divulgado nesta segunda-feira (14), o quadro clínico de Bolsonaro é considerado estável, e os sinais iniciais de recuperação são animadores. No entanto, apesar da evolução positiva, ainda não há previsão para alta da UTI, e o paciente segue sendo acompanhado de perto por uma equipe multidisciplinar.
Cirurgia longa e minuciosa teve como foco a reconstrução abdominal
A operação consistiu na remoção de bridas — como são conhecidas as aderências intestinais que se formam após cirurgias abdominais — e na reconstrução de partes da parede abdominal. Essas estruturas fibrosas podem provocar obstruções, dores intensas e outros transtornos digestivos, exigindo atenção cirúrgica especializada.
A equipe médica optou por uma abordagem extensa, visando não apenas o alívio imediato dos sintomas, mas também a prevenção de futuras complicações.
Boletim aponta recuperação inicial sem intercorrências
Segundo informações fornecidas pelo hospital, Jair Bolsonaro encontra-se consciente, orientado e sem sinais de dor ou sangramento no pós-operatório.
Ainda de acordo com a nota oficial, ele já conseguiu se sentar na cama e iniciou o processo de deambulação assistida, ou seja, começou a se movimentar com apoio da equipe de fisioterapia, etapa considerada fundamental para a recuperação pós-cirúrgica.
Histórico clínico complexo e marcado por sequelas de atentado
Esta recente intervenção médica se soma a uma série de procedimentos realizados desde que Bolsonaro foi vítima de um atentado a faca durante a campanha presidencial de 2018. Desde então, o ex-presidente passou por múltiplas cirurgias voltadas ao trato digestivo, em função das complicações originadas pela lesão.
As aderências intestinais, como as tratadas neste último procedimento, são uma das sequelas recorrentes nesse tipo de trauma.
Monitoramento contínuo e sem previsão de alta
Apesar da recuperação estar seguindo um ritmo considerado satisfatório pela equipe médica, os profissionais alertam que ainda é cedo para estimar uma possível saída da UTI. Bolsonaro continuará sob observação rigorosa nos próximos dias, sendo submetido a avaliações clínicas periódicas para garantir a estabilidade do quadro e identificar qualquer sinal de intercorrência. Veja também Bolsonaro é submetido a procedimento cirúrgico de emergência após agravamento de dores abdominais.