Modelo revela diagnóstico de esclerose múltipla e alerta sobre importância de ouvir os sinais do corpo

Última atualização: 14/04/2025

A modelo e apresentadora Carol Ribeiro, de 45 anos, surpreendeu o público ao compartilhar, em rede nacional, seu diagnóstico de esclerose múltipla. O relato emocionado foi exibido no programa “Fantástico“, da TV Globo, no último domingo (13), e trouxe à tona os desafios enfrentados pela ex-top model desde os primeiros sintomas até a confirmação da doença autoimune. Em seu desabafo, Carol destacou como o ritmo intenso da vida profissional a impediu de perceber os sinais enviados pelo próprio corpo e alertou para a necessidade de se escutar com mais atenção os alertas da saúde. “A gente precisa parar para escutar os recadinhos do corpo. Eles sempre aparecem antes”, afirmou.

Primeiros sintomas e a busca por respostas

Segundo Carol, o primeiro sinal preocupante surgiu na forma de ondas de calor intensas, que logo evoluíram para crises de ansiedade e um cansaço incapacitante. “Eu fiquei 17 dias sem dormir. Meu corpo estava tentando me avisar de alguma coisa, mas eu só pensava: tenho muito trabalho, não posso parar agora”, contou a modelo.

Por conta da rotina agitada e da dificuldade em reconhecer os sintomas, ela adiou a procura por ajuda médica, o que é comum entre pessoas com esclerose múltipla, uma condição que pode se manifestar de maneira sutil e variada.

Impacto emocional e superação

Carol confessou que o diagnóstico a abalou profundamente, especialmente por conta da imagem negativa que tinha da doença. “Eu só conhecia a esclerose múltipla pelas histórias tristes que via na mídia. Quando recebi a confirmação, chorei muito”, revelou. No entanto, ela fez questão de enfatizar que é possível conviver com a condição mantendo qualidade de vida, desde que o tratamento seja seguido com disciplina e o corpo, ouvido com atenção.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune que afeta o sistema nervoso central, interferindo na comunicação entre o cérebro e o restante do corpo. Os sintomas são variados e podem incluir perda de força muscular, alterações na visão, tremores, formigamentos e dificuldades de coordenação. Especialistas explicam que os primeiros sinais costumam aparecer entre os 20 e 40 anos, mas muitas vezes são confundidos com estresse, fadiga ou até transtornos emocionais, o que pode atrasar o diagnóstico.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da esclerose múltipla é baseado em uma combinação de exames clínicos e de imagem, como a ressonância magnética, além de exames laboratoriais que podem indicar a presença de anticorpos no líquido cefalorraquidiano, obtido por meio de punção lombar.

Não há cura definitiva para a doença, mas os tratamentos variam de acordo com cada paciente e incluem medicamentos imunomoduladores, hormonioterapia, fisioterapia, além de cuidados com a saúde mental. Em casos mais graves, o transplante de medula óssea pode ser considerado.

Rotina de cuidados e incentivo à prevenção

Desde o diagnóstico, Carol Ribeiro tem adotado uma rotina focada no bem-estar. Ela combina o uso de hormônios com terapias alternativas, sessões de psicoterapia e prática regular de atividades físicas. Sua decisão de tornar público o diagnóstico tem como objetivo encorajar outras pessoas a não ignorarem os sinais do corpo e a buscarem ajuda sem medo.

“Muita gente me contou que não iniciou o tratamento por receio. Eu quero dizer que é possível viver bem, sim. Mas a gente precisa se ouvir”, concluiu.

Consciência e informação como aliados

A história de Carol reforça a importância do diagnóstico precoce e do acesso à informação sobre doenças autoimunes. O relato sincero da modelo se soma a outras vozes públicas que vêm ajudando a romper tabus e ampliar o debate sobre saúde neurológica e qualidade de vida. Mais do que um alerta, sua mensagem serve como convite à escuta interna e ao cuidado preventivo com o corpo e a mente. Veja também Paciente descobre gaze esquecida no útero quatro anos após cesariana e aciona sistema de saúde.

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