Bolsonaro completa uma semana na UTI após cirurgia: quadro evolui, mas alta ainda é indefinida

Última atualização: 20/04/2025

Após uma semana desde a internação no Hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue sob cuidados intensivos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em decorrência de sua sexta cirurgia no intestino, realizada no último domingo (13). O procedimento, de alta complexidade e com duração aproximada de 12 horas, foi necessário devido a um bloqueio intestinal causado por aderências resultantes de operações anteriores — sequelas da facada sofrida por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. Apesar da evolução considerada satisfatória pela equipe médica, ainda não há previsão para a alta hospitalar.

Internação e procedimento cirúrgico

A internação de Bolsonaro ocorreu após ele relatar dores intensas durante uma agenda política no interior do Rio Grande do Norte. Diante do agravamento do quadro, foi encaminhado a Brasília, onde passou por uma cirurgia longa e delicada.

O boletim médico apontou que a intervenção visava desobstruir o intestino comprometido por aderências — tecidos que se formam como resposta natural do corpo a cirurgias anteriores, mas que podem causar complicações graves como bloqueios ou infecções.

Recuperação lenta, porém estável

Desde o pós-operatório, a evolução clínica de Bolsonaro tem sido monitorada de forma intensiva. A alimentação oral foi suspensa nos primeiros dias e ele está sendo nutrido por via venosa. Na terça-feira (15), exames indicaram um funcionamento intestinal regular, considerado um avanço importante no processo de recuperação.

Dois dias depois, na quinta-feira (17), os médicos observaram boa cicatrização e ausência de sinais infecciosos, o que reforçou o otimismo da equipe médica.

Reabilitação e acompanhamento físico

No decorrer da semana, Bolsonaro iniciou sessões leves de fisioterapia. Na quarta-feira (16), ele foi filmado caminhando pelos corredores do hospital com apoio de profissionais de saúde e acompanhado da esposa, Michelle Bolsonaro.

O esforço para manter o corpo em movimento faz parte da estratégia para evitar novas complicações, como tromboses ou novos bloqueios intestinais.

Equipe médica cautelosa quanto à alta

Apesar da resposta positiva ao tratamento, os médicos mantêm uma postura cautelosa e ainda não estipularam uma data para alta hospitalar. A liberação dependerá, sobretudo, do pleno funcionamento do sistema digestivo e da retomada segura da alimentação oral.

Dada a complexidade da cirurgia e o histórico de intervenções abdominais, a equipe opta por manter vigilância contínua.

Apoio e manifestações em frente ao hospital

Durante toda a semana, apoiadores de Bolsonaro se reuniram na porta do Hospital DF Star, localizado na Asa Sul, área central da capital federal.

Em média, cerca de 15 pessoas têm se revezado no local com cantos, orações e manifestações de solidariedade. Bandeiras do Brasil e de Israel foram estendidas nos jardins do hospital, numa demonstração de apoio ao ex-presidente.

Preservação e rotina restrita

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem sido figura constante ao lado do marido, assumindo o papel de filtro para evitar visitas políticas que possam comprometer o descanso e a recuperação. Segundo aliados, Bolsonaro mantém contato apenas com assessores mais próximos e acompanha de forma limitada o noticiário nacional.

A intervenção atual soma-se a outras cinco cirurgias pelas quais Bolsonaro já passou desde o atentado de 2018. Os médicos destacam que a região abdominal do ex-presidente tornou-se particularmente sensível e suscetível a complicações devido às múltiplas operações.

O histórico clínico exige uma abordagem ainda mais cuidadosa para evitar intercorrências como infecções, novas aderências ou comprometimento funcional dos órgãos internos. Veja também Brasil ultrapassa marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2025 e acende alerta nacional.

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