Última atualização: 14/02/2025
Uma criança de apenas dois anos faleceu na tarde desta quinta-feira (13) após ser levada às pressas para o Hospital Regional do Vale do Paraíba, localizado em Taubaté, apresentando um quadro grave de parada cardiorrespiratória. A situação alarmante mobilizou a equipe médica da unidade de saúde, que tentou reverter o quadro da vítima, mas sem sucesso. Além da gravidade do estado clínico, chamou atenção das autoridades o fato de a criança apresentar diversas lesões pelo corpo, incluindo sinais de traumatismo craniano. O caso foi imediatamente comunicado à Polícia Civil, que iniciou diligências para apurar as circunstâncias da morte.
Início das investigações
De acordo com o boletim de ocorrência, ao chegar ao hospital, os profissionais de saúde constataram que a criança exibia hematomas e ferimentos compatíveis com possíveis agressões ou quedas severas. Diante da suspeita de maus-tratos, a polícia foi acionada para iniciar uma investigação detalhada sobre os eventos que antecederam a internação.
Os agentes se dirigiram tanto ao hospital quanto à residência da família, em busca de esclarecimentos. A mãe da vítima relatou que estava no trabalho quando recebeu uma ligação da babá, informando que a criança havia caído no banheiro e não estava reagindo. Entretanto, um detalhe chamou a atenção dos investigadores: no momento do ocorrido, a criança não estava sob os cuidados da babá, mas sim do padrasto.
Depoimentos divergentes
A mãe afirmou aos policiais que não sabia por que o filho estava com o padrasto naquele momento e declarou que ele costumava sofrer pequenas quedas e apresentar marcas no corpo devido a brincadeiras com o cachorro da família.
Já o padrasto, ao ser questionado, negou qualquer agressão e afirmou que saiu de casa por poucos minutos para atender um amigo. Ao retornar, teria encontrado o enteado vomitando. Preocupado com a situação, ele afirmou que levou a criança para o banho, momento em que percebeu que a boca do menino estava ferida e que havia sangue saindo pelo nariz. Segundo seu relato, ele acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) imediatamente após notar a gravidade do quadro.
Em depoimento, a babá disse que não estava responsável pela criança no momento do incidente e ressaltou que, em outras ocasiões, percebeu que o menino demonstrava receio ao se aproximar do padrasto. No entanto, ela afirmou nunca ter presenciado agressões físicas entre os dois.
Polícia solicita exames para esclarecer o caso
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que o caso está sendo tratado como morte suspeita e que as autoridades já ouviram os principais envolvidos: a mãe, o padrasto e a babá. Para aprofundar as investigações, foram solicitados exames necroscópicos, que poderão determinar a causa exata da morte e esclarecer se as lesões foram provocadas por quedas acidentais ou por atos violentos.
O caso segue em investigação pela Delegacia Seccional de Taubaté, que aguarda os laudos periciais para determinar os próximos passos da apuração. Veja também Bebê de 11 meses morre com sinais de espancamento: polícia prende mãe e padrasto.
