Em vídeo filho de paciente morto na UTI por surto questiona atendimento e protocolo Médico

Última atualização: 20/01/2025

O caso de Luiz Cláudio Dias, paciente morto durante um surto psicótico na UTI do Hospital Municipal de Morrinhos, em Goiás, ganhou novos contornos com o depoimento de seu filho, Luiz Henrique Dias. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, Luiz Henrique detalhou a condição de saúde do pai e questionou as circunstâncias que levaram ao desfecho fatal.

O Estado de Saúde de Luiz Cláudio

De acordo com Luiz Henrique, seu pai era renal crônico há 24 anos e fazia hemodiálise há mais de três décadas. Além disso, Luiz Cláudio era diabético tipo 1, hipertenso e tinha deficiência visual severa — cego de um olho e com 60% da visão comprometida no outro. Apesar dessas condições, o filho afirmou que o quadro de saúde do pai estava estável antes da internação na UTI.

“Meu pai tinha picos de hipoglicemia, mas era algo controlado. Estava estável, com acompanhamento constante. Ele foi levado para a UTI porque, segundo os médicos, era protocolo para administrar insulina por bomba e fazer o uso de antibióticos”, explicou Luiz Henrique. Ele ainda questionou o motivo pelo qual o pai foi mantido na UTI, mesmo não apresentando sinais de agravamento.

O Episódio Fatal

No sábado (18), Luiz Cláudio sofreu um surto psicótico, que culminou na tragédia. Segundo Luiz Henrique, a falta de monitoramento adequado e a demora na assistência contribuíram para que a situação saísse do controle.

“Como um paciente em estado delicado consegue sair do leito, quebrar um espelho e ameaçar uma profissional sem que ninguém intervenha? Isso é uma falha inaceitável”, disse Luiz Henrique.

Ele também criticou a intervenção policial, afirmando que o uso de uma arma letal foi desnecessário. “Não havia necessidade de atirar. Meu pai poderia ter sido contido de outra forma. Era um homem frágil, cego de um olho, e já tinha passado por situações semelhantes em casa, que sempre foram resolvidas com cuidado e paciência”, afirmou.

Protocolo e Questionamentos

A família também questiona o protocolo adotado pelo hospital. Luiz Henrique afirmou ter perguntado ao médico por que o pai foi levado à UTI, recebendo como resposta que era um procedimento padrão para pacientes em uso de insulina e antibióticos. No entanto, ele destacou que isso não justificaria a falta de medidas preventivas para evitar o surto ou mesmo a tragédia.

Impacto e Reflexão

A declaração de Luiz Henrique trouxe à tona a necessidade de uma investigação rigorosa sobre o caso, abrangendo tanto o protocolo hospitalar quanto a atuação da Polícia Militar. O caso de Luiz Cláudio Dias não apenas expõe fragilidades no manejo de pacientes em situações de crise, mas também reacende debates sobre a segurança em ambientes hospitalares e o treinamento de equipes para lidar com crises psiquiátricas.

A família de Luiz Cláudio segue cobrando respostas e justiça, enquanto o caso está sendo investigado. O desfecho trágico reforça a urgência de revisar protocolos de segurança em hospitais e de implementar medidas que priorizem o bem-estar de pacientes e profissionais. Para Luiz Henrique, a memória do pai deve servir como alerta para evitar que tragédias semelhantes ocorram novamente. Ver Surto Psicótico em UTI termina em morte de paciente durante intervenção Policial.

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