Última atualização: 17/04/2025
O apresentador e cantor Ronnie Von, de 80 anos, voltou aos holofotes recentemente, mas por um motivo preocupante: sua internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após complicações causadas pela gripe H1N1. O episódio, ocorrido no fim de março, gerou grande apreensão entre seus admiradores e reacendeu o debate sobre os riscos dessa infecção viral, especialmente para os grupos mais suscetíveis.
A situação vivida pelo artista demonstrou como a doença, mesmo tratável na maioria dos casos, pode evoluir rapidamente para quadros severos como pneumonia, exigindo cuidados médicos intensivos e reforçando a necessidade de prevenção, diagnóstico precoce e atenção especial às populações vulneráveis.
Complicações graves são mais comuns do que se imagina
De acordo com a pneumologista Maria Cecília Maiorano, consultada pela imprensa, a gripe H1N1 pode parecer inofensiva em muitos casos, mas não deve ser subestimada. Ela ressalta que pessoas idosas, portadoras de doenças crônicas, gestantes, crianças pequenas e indivíduos com baixa imunidade estão no grupo de risco.
Nessas populações, o vírus tem maior probabilidade de desencadear complicações sérias como pneumonias, insuficiência respiratória e descompensação de condições pré-existentes, o que pode levar até mesmo à morte.
Diferença entre gripe e resfriado pode salvar vidas
Um dos principais alertas feitos pela especialista está relacionado à confusão entre a gripe e o resfriado comum. Enquanto o resfriado apresenta sintomas mais leves e não costuma comprometer o organismo de forma significativa, a gripe — especialmente quando causada pelo vírus Influenza H1N1 — pode surgir de maneira abrupta e com sintomas intensos, como febre alta, dores musculares, calafrios, cansaço extremo e dificuldade respiratória.
Essa diferença, embora sutil aos olhos do público leigo, é essencial para que o paciente busque atendimento médico no momento adequado e reduza o risco de agravamento.
H1N1 ainda é uma ameaça ativa à saúde pública
Apesar de ser mais frequentemente associada a surtos passados, a gripe H1N1 segue circulando no país e requer vigilância contínua. A evolução dos casos pode variar significativamente de uma pessoa para outra, e o caso de Ronnie Von evidencia que, mesmo com recursos médicos disponíveis, a doença continua sendo uma ameaça real.
Internações em UTI por conta da H1N1 não são incomuns, e a prevenção por meio da vacinação anual continua sendo a principal estratégia de contenção da doença, além da adoção de medidas simples como higiene das mãos e uso de máscaras em ambientes com surtos.
Prevenção é o melhor caminho
A médica reforça a importância da imunização, especialmente entre os grupos de risco, e destaca que a gripe não deve ser banalizada. A vacinação contra o Influenza, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durante as campanhas nacionais, é eficaz para reduzir internações, complicações graves e óbitos.
O episódio vivido por Ronnie Von, portanto, vai além de um alerta individual: ele serve como um chamado coletivo para que a sociedade redobre os cuidados com uma enfermidade que, embora antiga, continua oferecendo riscos significativos à saúde pública. Veja também Preta Gil completa duas semanas de internação e segue em tratamento contra o câncer, sem previsão de alta.