Escassez de profissionais de saúde prejudica atendimento em todo o país

Escassez de profissionais de saúde prejudica atendimento em todo o país

Atualizado em 19/01/2022 às 03:23

Desde que começou a pandemia da Covid-19 em 2020, os serviços prestado pelos profissionais de saúde estão sendo fortemente requisitados.

Mesmo com a crise mundial da Covid-19 que afeta bilhões de pessoas em milhares de cidades, os profissionais de saúde ainda sofrem desvalorização e continuam a lutar por reinvidicações antigas como por exemplo, melhores condições de trabalho e melhores salários.

A escassez dos profissionais de saúde em todo o mundo não se dá apenas e unicamente pela falta de mão de obra qualificada, mas devido aos baixos salários ou péssimas condições de trabalho fazendo com que muitos desses profissionais estão inseridos no mercado de trabalho acabem abandonando o emprego depois de alguns meses.

Quando falamos em atendimento à saúde da população e a resolução dos seus problemas mais comuns, estamos nos referindo a uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde composta por exemplo de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, psiquiatras, nutricionistas e tantos outros profissionais.

Vários estudos apontam a escassez ou ausência desses profissionais nos hospitais e postos de saúde. Entre os profissionais mais necessitados estão os médicos, farmacéuticos, enfermeiros e técnicos de enfermagem em diversas regiões do Brasil, que são essenciais para o primeiro atendimento ao paciente, sejam na Atenção Primária ou na Atenção Secundária. Isso acontece especialmente em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos, onde normalmente o acesso da população aos serviços de saúde são mais difíceis e as estruturas para o atendimento à população são mais precárias. Já nas capitais e em grandes centros urbanos encontramos uma grande concentração de profissionais de saúde, onde há mais serviços de saúde e mais oportunidades de trabalho, porém, nos deparamos, com os baixos salários e serviço extremamente exaustivo.

Estudo científico

Dados de 2018 de um estudo científico publicado no G1, estima-se que há 5 milhões de mortes por ano em países de média e baixa renda por atendimento à saúde com baixa qualidade ou com condições de assistência precárias. Esse número ultrapassa o total de mortes por falta de acesso ao serviço de saúde que é em média de 3,6 milhões de óbitos por ano. Ainda segundo o estudo, no Brasil há cerca de 153 mil mortes por ano causadas pela assistência à saúde de má qualidade e cerca de 51 mil por falta de acesso ao serviço de saúde.

Desde o início da pandemia no Brasil, inúmeras reportagens foram veiculadas nas redes sociais e nos veículos de comunicação jornalística sobre o tema das condições de trabalho de profissionais de saúde, retratando as situações de trabalho dos profissionais de saúde que estão na linha de frente no cuidado contra a COVID-19 e da escassez de profissionais.

O Brasil, assim como grande parte do mundo, enfreta dificuldades para encontrar profissionais de saúde para trabalhar nas unidades de saúde e que permaneça nessas unidade.

Quando chegarmos no final da pademia da COVID-19, esperamos que os profissionais de saúde sejam mais valorizados, que o salário seja de fato merecedor e que as condições de trabalho sejam mais favoráveis, assim, haverá melhor atendimento e o nível de saúde da população irá melhorar.

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