Última atualização: 21/02/2025
O programa Farmácia Popular, uma das principais iniciativas do governo federal para garantir acesso gratuito a medicamentos essenciais, foi ampliado no Rio Grande do Sul. Agora, pacientes que necessitam de tratamento contínuo para diversas doenças crônicas podem obter remédios sem custo em unidades credenciadas. A nova fase do programa inclui, além dos medicamentos, a distribuição gratuita de fraldas geriátricas para idosos com incontinência urinária e absorventes higiênicos para mulheres em situação de vulnerabilidade social.
Essa ampliação visa beneficiar um maior número de pessoas, especialmente aquelas em condições socioeconômicas desfavoráveis, fortalecendo a política pública de assistência farmacêutica e reduzindo desigualdades no acesso à saúde.
Mais remédios disponíveis sem custo
A nova etapa do programa contempla a oferta de 40 medicamentos para diferentes condições de saúde. Pacientes diagnosticados com diabetes, hipertensão, asma, osteoporose, doença de Parkinson, dislipidemia (colesterol alto), glaucoma e rinite poderão retirar gratuitamente os remédios nas farmácias participantes. Além disso, anticoncepcionais também estão inclusos na lista de medicamentos disponibilizados sem custo.
A farmacêutica Roseane Batista destacou que um dos avanços mais significativos da ampliação foi a inclusão de medicamentos essenciais para o controle de doenças cardiovasculares e diabetes. “Anteriormente, existia um sistema de coparticipação, onde o paciente precisava arcar com parte do custo do remédio. Agora, a gratuidade é total para aqueles que atendem aos critérios do programa, o que representa um grande alívio financeiro para muitas famílias”, explicou.
Inclusão e impacto social
A médica Júlia Trombetta enfatizou que a ampliação do Farmácia Popular fortalece o Sistema Único de Saúde (SUS) e melhora significativamente a qualidade de vida da população. “Ao garantir que pacientes em situação de vulnerabilidade tenham acesso contínuo aos seus tratamentos, evitamos complicações que poderiam levar a internações e agravar o estado de saúde dessas pessoas“, afirmou.
Segundo Carlos Gadelha, representante do Ministério da Saúde, o programa agora cobre 100% dos municípios brasileiros. No Rio Grande do Sul, 440 cidades já contam com unidades credenciadas, incluindo 313 estabelecimentos apenas em Porto Alegre. “Nosso objetivo é promover equidade no acesso à saúde. Independentemente da renda, todos devem ter as mesmas oportunidades de obter os medicamentos de que necessitam”, declarou Gadelha.
Como ter acesso aos medicamentos gratuitos
Para retirar os medicamentos, os pacientes devem se dirigir a uma farmácia credenciada levando documento de identificação com foto, CPF e receita médica válida por até seis meses. Caso o beneficiário não possa comparecer pessoalmente, um representante legal pode realizar a retirada apresentando os documentos necessários.
Lista de medicamentos distribuídos gratuitamente
- Asma: brometo de ipratrópio, dipropionato de beclometasona, sulfato de salbutamol
- Diabetes: cloridrato de metformina, glibenclamida, insulina humana, dapagliflozina
- Hipertensão: atenolol, besilato de anlodipino, captopril, losartana, hidroclorotiazida, entre outros
- Anticoncepcionais: etinilestradiol + levonorgestrel, acetato de medroxiprogesterona, noretisterona
- Osteoporose: alendronato de sódio
- Colesterol alto (dislipidemia): sinvastatina
- Doença de Parkinson: carbidopa + levodopa, cloridrato de benserazida
- Glaucoma: maleato de timolol
- Rinite: budesonida, dipropionato de beclometasona
Além dos medicamentos, o programa agora fornece fraldas geriátricas e absorventes higiênicos gratuitamente.
Expansão do atendimento e fortalecimento do SUS
Com a ampliação do Farmácia Popular, o governo federal reforça seu compromisso com a acessibilidade aos medicamentos e com a universalização do atendimento de saúde. A medida contribui para a prevenção de complicações de doenças crônicas, promovendo um impacto positivo na vida de milhares de brasileiros. Veja também SUS administra pela primeira vez medicamento de R$ 11 milhões, o mais caro do Brasil.
