Última atualização: 05/05/2025
O caso chocante aconteceu na madrugada de sábado (3), em Guarantã do Norte (MT), e já está movimentando a cidade inteira. Kethlyn Vitória de Souza, de apenas 15 anos, foi levada às pressas ao hospital pelo próprio namorado, o médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos. Ela tinha um tiro na cabeça e, apesar dos esforços para reanimá-la durante 40 minutos, infelizmente não resistiu. Agora, o médico está preso e é investigado por feminicídio, enquanto a polícia tenta entender o que aconteceu dentro daquele carro onde a tragédia começou.
Disparo fatal e versão do suspeito
De acordo com a Polícia Militar, Bruno chegou ao hospital “visivelmente abalado“, dizendo que a garota era o amor da vida dele e que não conseguiria viver sem ela. Mesmo assim, não conseguiu explicar de forma convincente como a arma disparou. A primeira versão apresentada por ele à família foi de que Kethlyn teria se ferido sozinha, o que foi rapidamente questionado pela perícia.
Na coletiva à imprensa, o delegado Waner dos Santos deixou claro que a dinâmica do tiro e o local da ferida não batem com essa hipótese. A principal linha de investigação indica que o disparo foi feito por Bruno dentro do carro, enquanto estavam sozinhos.
Relacionamento suspeito e possível estupro de vulnerável
Outro ponto gravíssimo é a idade da vítima. A polícia está apurando há quanto tempo os dois estavam juntos. Caso o relacionamento tenha começado antes dos 14 anos da adolescente, o médico pode responder também por estupro de vulnerável — o que agrava ainda mais a situação penal dele.
Ainda segundo relatos de testemunhas no hospital, Bruno teria se descontrolado ao saber da morte da garota. Ele tentou quebrar móveis, portas e janelas. Mesmo assim, conseguiu deixar o hospital antes da chegada da polícia. No entanto, acabou se entregando na delegacia no dia seguinte e teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça de Mato Grosso.
Defesa fala em acidente, mas versão é frágil
A defesa do médico afirma que tudo não passou de um acidente, provocado por uma combinação perigosa de álcool, direção e arma de fogo. O advogado de Bruno disse que ele amava a adolescente e pretendia se casar com ela. Apesar da tentativa de suavizar o episódio, o delegado reafirma que os indícios apontam para um disparo intencional.
Bruno se formou em medicina em 2020, na Universidade Cristã da Bolívia, e até o momento seu registro aparece ativo e regular. O Conselho Federal de Medicina foi procurado, mas ainda não se manifestou sobre o caso.
Tragédia, dor e alerta à sociedade
Kethlyn foi sepultada no cemitério municipal da cidade, cercada por familiares e amigos inconsoláveis. O caso reabre discussões sobre o uso de armas, relacionamentos com menores de idade e o feminicídio no Brasil. Mais uma vida jovem interrompida, mais uma família destruída.
Casos como esse reforçam a importância de denunciar. Se você presenciar ou souber de alguma situação de agressão contra mulheres, disque 190 ou 180. A denúncia pode salvar uma vida. Veja também Confusão generalizada no Sopai: mãe invade hospital e funcionários são agredidos durante surto por prioridade.