Última atualização: 04/02/2025
Em um ato de compaixão e urgência médica, o radiologista italiano Gianluca Fanelli está sendo investigado após utilizar um equipamento de tomografia computadorizada (TAC) de um hospital público para salvar sua gata, Athena. O caso ocorreu em Aosta, cidade localizada no extremo-norte da Itália, e chamou a atenção da comunidade local e de entidades médicas. Após sua gata de estimação, Athena, sofrer uma queda dramática do sexto andar de um prédio, ele tomou uma decisão arriscada e polêmica para salvar sua vida. Utilizando sua experiência médica e o acesso que tinha ao Hospital Umberto Parini, um dos mais renomados da região de Aosta, Fanelli fez uso de um equipamento de tomografia computadorizada (TAC) para diagnosticar rapidamente a extensão dos ferimentos da felina.
O acidente e o resgate
Na noite de 27 de janeiro, Athena caiu do sexto andar de um edifício, sofrendo ferimentos graves. Desesperado para salvar a felina, Fanelli a levou ao Hospital Umberto Parini, uma das principais unidades de saúde da região. Como radiologista, ele percebeu a necessidade de um exame preciso e, aproveitando-se de um momento em que os equipamentos de tomografia não estavam sendo utilizados, realizou um exame rápido para diagnosticar a gravidade das lesões.
O exame revelou fraturas e um deslocamento pulmonar, resultando em pneumotórax, condição na qual o pulmão colapsa devido à presença de ar entre as membranas pulmonares. Fanelli, então, realizou uma drenagem de ar no órgão afetado, permitindo que Athena voltasse a respirar normalmente. Graças à intervenção rápida, a gata começou a se recuperar progressivamente.
Investigação e possíveis consequências
O uso de um equipamento hospitalar para fins particulares levou a Agência Sanitária Local do Vale de Aosta a abrir um inquérito disciplinar contra Fanelli. Apesar da investigação, o médico se mostrou disposto a ressarcir qualquer dano financeiro causado ao hospital pelo uso da tomografia.
Em uma carta enviada às autoridades, Fanelli defendeu sua ação, destacando que não interferiu no atendimento a pacientes humanos, pois os exames programados para aquele dia já haviam sido concluídos. “Sou radiologista e sabia que apenas uma ação rápida poderia salvá-la. Se eu não tivesse feito tudo o que estava ao meu alcance e ela tivesse morrido, eu nunca me perdoaria, inclusive pelos meus filhos, que a adoram”, declarou.
Repercussão do caso
O caso de Fanelli gerou debates sobre o limite entre a ética profissional e a compaixão pelos animais de estimação. Enquanto alguns argumentam que o uso de equipamentos hospitalares para fins pessoais não pode ser tolerado, outros defendem que, em uma situação de emergência, a decisão do médico foi justificável.
Até o momento, a investigação segue em andamento, e Fanelli aguarda a decisão das autoridades sobre eventuais penalidades. Enquanto isso, Athena segue se recuperando e recebendo os cuidados necessários para sua reabilitação completa. Ver Planos de Saúde para pets: um investimento em bem-estar e qualidade de vida.